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WESTWOOD PREVÊ MAIOR DESATIVAÇÃO DE SONDAS OFFSHORE DIANTE DE NÍVEL MAIS BAIXO NA UTILIZAÇÃO DESSAS EMBARCAÇÕES 31w71

Teresa WilkieA recuperação do mercado de sondas offshore parece ter sofrido uma pausa, com a demanda diminuindo e a utilização comercializada atingindo os níveis mais baixos registrados desde o início da recuperação em 2021. Diversos fatores contribuíram para isso – incluindo a suspensão de mais de 30 contratos de plataformas autoelevatórias pela Saudi Aramco por até um ano, a entrada de novas sondas no mercado sem obras para iniciar e o adiamento de vários projetos de perfuração e abandono de longo prazo em águas profundas. De acordo com dados da Westwood Energy, a combinação inesperada de uma queda na demanda firme (atualmente 18% menor em relação a março de 2024) e um aumento na oferta (7% maior que em março de 2021) fez com que a utilização comercializada caísse para 88% em março de 2025.

Estamos a apenas três meses de 2025 e a rotatividade deste ano é a maior desde 2022. Além disso, com a Westwood está prevendo que a utilização dos segmentos combinados de plataformas autoelevatórias, semissubmarinos e navios-sonda cairá ainda mais este ano, para cerca de 85%, e parece provável que mais sondas sejam removidas permanentemente da frota de perfuração ativa ao longo do ano“, avaliou a diretora de  RigLogix da Westwood, Teresa Wilkie.

sondaAté o momento, nove sondas foram confirmadas para remoção da frota ativa. Trata-se de quatro plataformas autoelevatórias – de propriedade da Shelf Drilling, White Fleet Drilling e Well Services Petroleum – e três semissubmarinos da série 8500, de propriedade da Valaris, todas com menos de 15 anos de uso. Além disso, a Noble confirmou a alienação de dois modernos navios de perfuração de águas ultraprofundas, modelo S12000, que herdou durante a aquisição da Pacific Drilling — um dos quais nunca perfurou um único poço e tinha apenas 10 anos.

No caso das sondas autoelevatórias, 39 dessas unidades estão em cold stack (completamente desativadas) e 19 em warm stack (temporariamente fora de operação, mas mantida em condição de rápida reativação). Entre os navios-sonda, há apenas cinco unidades em cold stack, todas com idade entre 14 e 16 anos. Existem sete unidades em warm ou hot stack — nenhuma delas inativa há mais de um ano —, e quatro dessas não possuem uma Inspeção Periódica Especial (SPS) válida ou terão sua validade expirada em 2025 ou 2026. A maioria dos navios-sonda considerados como possíveis candidatos a descomissionamento está no Sudeste Asiático ou no Mediterrâneo, com ativos pertencentes à Transocean, Seadrill, Stena, Vantage e Saipem.

sondaPor fim, no segmento das semissubmersíveis, o número de candidatas ao descomissionamento é pequeno — resultado do alto nível de sucateamento já realizado na última década, que reduziu a frota total em 59% (119 unidades) desde março de 2015. Atualmente, há apenas duas unidades em cold stack e três em warm stack. Apenas uma das sondas em warm stack está parada há mais de um ano, e todas, com exceção de uma, não têm SPS válida ou terão a inspeção vencida em 2025 ou 2026. No entanto, duas dessas sondas estão localizadas no Mar Cáspio, uma região sem saída para o mar e com dificuldades logísticas para entrada de novas unidades, o que reduz a probabilidade de serem descomissionadas. As demais estão atualmente em Las Palmas (Ilhas Canárias), no Mar do Norte ou no Canadá, sob propriedade da Dolphin Drilling, Well-Safe e Transocean. A combinação entre a redução do número de unidades íveis de retirada e a demanda ainda fraca aumenta a chance de que sondas mais novas e ativas sejam aposentadas.

Resumindo, devido à queda na demanda e na utilização de jackups, drillships e semisubmersíveis neste ano, é provável que mais unidades sejam movidas para cold stack, por não terem compromissos de trabalho subsequentes garantidos. Ao mesmo tempo, novas movimentações de fusões e aquisições (M&A) também podem estar a caminho. Acredita-se que esses fatores irão acelerar a retirada de ativos antigos, ociosos e excedentes da frota, o que, a longo prazo, pode ajudar a preparar o terreno para uma recuperação mais sólida da utilização a partir da segunda metade de 2026, quando a Westwood prevê uma retomada na demanda“, finalizou Teresa.

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