VOLTERA DIZ QUE ABERTURA DO MERCADO LIVRE DEVE REVOLUCIONAR SETOR ELÉTRICO E PREVÊ CRESCER 35% NESTE ANO p1q4u
A proposta de reforma do setor elétrico apresentada pelo governo federal reacendeu as expectativas em torno da abertura total do mercado livre de energia no Brasil — e, para a Voltera, essa mudança promete ser um divisor de águas. Em entrevista ao Petronotícias, o CEO da empresa, Alan Henn, destacou que a medida deve ampliar a competitividade, estimular a inovação e oferecer aos consumidores de baixa tensão novas alternativas de contratação mais baratas e sustentáveis. “A abertura do mercado livre tem o potencial de revolucionar o setor elétrico brasileiro. Ao permitir que milhões de consumidores escolham seus fornecedores de energia, cria-se um ambiente de maior competitividade, inovação e liberdade de escolha. Gerando benefícios tanto econômicos quanto ambientais”, avaliou. Fundada com o propósito de simplificar o o ao mercado livre, a Voltera vem investindo em tecnologia, automação e parcerias para escalar sua atuação. Com mais de 300 unidades consumidoras atendidas, a companhia projeta crescer 35% até o fim de 2025, impulsionada pela expectativa de entrada de milhões de novos consumidores nesse novo cenário. “Com a abertura de mercado avançando, acreditamos que esse crescimento pode ser ainda maior, especialmente com a entrada do segmento de baixa tensão para os próximos anos. Estamos preparados tanto do ponto de vista tecnológico, operacional e comercial, quanto para ser referência nessa nova fase do setor elétrico brasileiro“, projetou o executivo.
Para começar, poderia compartilhar conosco a sua opinião sobre a proposta de reforma do setor elétrico apresentada pelo governo? Qual sua visão geral sobre o que foi proposto?
A proposta de reforma do setor elétrico apresentada pelo governo representa um avanço necessário e há muito tempo esperado.
Vemos com bons olhos o esforço de modernização e a tentativa de construir um modelo mais transparente, eficiente e sustentável. A consulta pública trouxe à tona temas importantes e que devem ser tratados com prioridade como abertura de mercado, tais como: a nova regulamentação para autoprodução de energia, padronização da tarifa social, equalização e melhor distribuição dos custos da CDE para todos os consumidores, modernização de tarifa. Todos fundamentais para destravar o potencial do setor nos próximos anos.
Apesar disso, é essencial que as mudanças sejam feitas com equilíbrio e clareza regulatória. Chama a atenção a medida proposta de encerramento de desconto da energia incentivada para consumidores do Grupo A de forma muito abrupta, sem propor um calendário escalonado e previsível.
A reforma precisa caminhar junto com o fortalecimento institucional dos órgãos reguladores e com investimentos em tecnologia e estrutura por parte dos agentes envolvidos.
Entendemos que a reforma do setor pode ter uma participação maior de todos os agentes para que seja possível ter uma discussão ampla e profunda sobre os temas propostos
Especificamente sobre a proposta para a abertura do mercado livre, qual o impacto que essa medida deve trazer para o setor e para os consumidores?
A abertura do mercado livre tem o potencial de revolucionar o setor elétrico brasileiro.
Ao permitir que milhões de consumidores escolham seus fornecedores de energia, cria-se um ambiente de maior competitividade, inovação e liberdade de escolha. Gerando benefícios tanto econômicos quanto ambientais.
Para os consumidores, especialmente os de baixa tensão, será uma oportunidade de ar soluções mais eficientes e baratas, semelhantes àquelas oferecidas pela geração distribuída, mas com menos barreiras de entrada.
Para os agentes ofertantes, o desafio será garantir uma transição justa, com regras claras e infraestrutura adequada para ar essa nova escala de operação.
Será um processo semelhante ao da portabilidade de telefonia e podemos tirar grandes aprendizados de mercados que aram por essa revolução nos últimos 20 a 30 anos (financeiro, telefonia, internet, seguros).
Ao seu ver, quais serão os principais desafios do mercado e do governo nesse processo de abertura?
Há três grandes desafios principais:
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Tecnológico e operacional: muitos agentes do mercado ainda operam com sistemas legados e não têm estrutura para lidar com a velocidade e complexidade da migração de milhões de consumidores.
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Regulatório e jurídico: é urgente definir regras claras de atuação, garantir isonomia de competição e evitar judicialização decorrentes de interpretações ambíguas sobre incentivos e contratos.
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Educacional e comunicacional: o consumidor final ainda desconhece o funcionamento do mercado livre de energia. Sem uma estratégia coordenada de informação e educação, corre-se o risco de baixa adesão ou escolhas mal informadas. Aqui, o regulador terá papel fundamental.
Como a Voltera vai se preparar para esse novo momento do setor elétrico brasileiro? Quais são os planos da empresa?
A Voltera nasceu com a missão de simplificar o mercado livre de energia e torná-lo ível para empresas de todos os portes.
Temos investido fortemente em tecnologia, automação de processos, interface digital com o cliente e inteligência de dados para garantir uma jornada descomplicada de migração e gestão energética.
Nosso plano é colaborar com a entrada dos consumidores de baixa tensão no mercado livre, oferecendo um produto completo que combina economia, sustentabilidade e uma experiência digital eficiente e segura. Além disso, estamos estruturando parcerias que consigam trazer uma capilaridade fundamental para a distribuição da nossa solução, agregando valor também para nossos parceiros.
Poderia nos atualizar sobre como tem sido o ano da Voltera em termos de negócios? E qual a expectativa de crescimento da empresa até o final de 2025?
2025 começou como um ano de forte expansão para a Voltera. Estamos colhendo os frutos do crescimento acelerado que tivemos nos dois últimos anos, com uma base sólida de mais de 300 unidades consumidoras atendidas.
Lançamos recentemente nossa nova interface da plataforma de gestão, que já está trazendo ganhos expressivos de eficiência para nossos clientes.
Nossa expectativa é terminar o ano de 2025 com um crescimento anualizado de +35%, tanto em número de clientes quanto em volume de energia comercializada.
Com a abertura de mercado avançando, acreditamos que esse crescimento pode ser ainda maior, especialmente com a entrada do segmento de baixa tensão para os próximos anos. Estamos preparados tanto do ponto de vista tecnológico, operacional e comercial, quanto para ser referência nessa nova fase do setor elétrico brasileiro.
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