SERVIÇO GEOLÓGICO BRASILEIRO PARTICIPA DE ENCONTRO INTERNACIONAL NO PERU E FAZ ACORDO PARA EXPLORAR COBRE EM TOCANTINS 4g2bb

Duas boas notícias sobre o Serviço Geológico do Brasil. A primeira delas é sobre a   de um acordo de cooperação científica entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Perth Recursos Minerais, parte do processo de implementação do Projeto Avaliação do Potencial Mineral para Cobre e Metais Base no Brasil – Ação Palmeirópolis, iniciativa estratégica da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB. Participaram do ato o diretor do SGB, Valdir Silveira, e o CEO da Perth Minerals, Robert Michael Smakman. O projeto será executado no Depósito Polimetálico de Palmeirópolis, em Tocantins, e conta com a atuação integrada das divisões de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) e de Geologia Econômica (DIGECO). Valdir Silveira disse que o acordo representa um modelo inovador de cooperação entre o SGB e a iniciativa privada. “Estamos realizando testes com novas metodologias geocientíficas, algumas de interesse do próprio SGB e outras da Perth. É uma oportunidade para aplicarmos essas inovações em campo, em um ativo que ainda pertence ao Estado brasileiro, mas que está sob cessão da Perth Minerals. Esse é um trabalho conjunto, sem ree financeiro entre as partes, mas com forte potencial de gerar conhecimento prático. Nosso papel é fazer pesquisa, e essa cooperação é um caminho para resultados que beneficiem tanto o projeto quanto o SGB, a empresa e, principalmente, o Estado brasileiro”.

Para Robert Smakman,  “Esse acordo entre o SGB e a Perth é, na verdade, mais um dos acordos que estamos fazendo, numa parceria que já dura cerca de quatro anos. É mais uma etapa dessa relação de confiança, que nos deixa muito felizes.” A iniciativa representa um avanço na articulação entre o setor público e a iniciativa privada para a produção de conhecimento geocientífico. O plano de trabalho prevê a atuação integrada das equipes técnicas das duas instituições, com foco no aprimoramento das metodologias aplicadas à pesquisa mineral no Brasil.

A outra boa notícia foi a participação no ProEXPLO 2025, uma das principais conferências sobre exploração mineral da América Latina, realizada no Centro de Convenções de Lima, no Peru. O evento reuniu mais de 600 participantes, incluindo geólogos, representantes governamentais, universidades e empresas do setor mineral. A chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), Maísa Bastos Abram, representou o SGB na comitiva oficial brasileira, composta também por Marcos André Gonçalves, presidente da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB); Roberto Xavier, Diretor Executivo da ADIMB e ex-professor da Unicamp; e Mauro Henrique Souza, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Durante sua apresentação, Maísa Abram abordou os programas do Ministério de Minas e Energia conduzidos pelo SGB, como o Plano Decenal de Mapeamento Geológico e de Pesquisa de Recursos Minerais e o programa Mineração Segura e Sustentável. Expôs o papel estratégico do SGB no fomento à pesquisa mineral no Brasil, com destaque para a diversidade geológica do país e os esforços para impulsionar o mapeamento, a geração de dados públicos e o apoio à exploração mineral em diversos projetos temáticos, com foco em transição energética, segurança alimentar, rochas e minerais industriais, províncias minerais e novas fronteiras, economia mineral e economia circular.

Ela detalhou iniciativas como:

• Programas de mapeamento geológico e geofísico em escala nacional;
• Pesquisas voltadas a minerais críticos para a transição energética, como lítio, níquel, cobalto e terras raras;
• Estudos sobre recursos minerais para a segurança alimentar, como fosfato, potássio e agrominerais silicáticos;
• Disponibilização de bases de dados abertas, por meio da plataforma GeoSGB;
• Gestão de um portfólio de ativos minerais, disponíveis para licitação pública.