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PETROLEIROS AMEAÇAM A PETROBRÁS COM UMA GREVE DE DOIS DIAS POR UMA PAUTA EXTENSA DE REIVINDICAÇÕES 4rn2n

greveParece mesmo que azedou de vez o clima entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobrás. Pelo jeito, aquele apoio prestado por seus dirigentes na posse da presidente Magda Chambriard, há menos de um ano, já foi pro brejo. Acabou o amor. A federação anunciou uma greve de advertência nas unidades do Sistema Petrobrás por dois dias, com início às 7h do dia 29 de maio até as 19h do dia 30 de maio, em protesto contra o que a FUP chama de “estagnação nas negociações com a empresa.” A decisão foi tomada em reunião conjunta realizada ontem (14) e dá continuidade à mobilização iniciada em março deste ano, quando os trabalhadores fizeram greve de advertência por 24 horas, com adesão reduzida. Segundo os sindicalistas, a medida é uma resposta direta à ausência de avanços concretos no diálogo com a direção da Petrobrás, especialmente em relação à remuneração variável dos empregados e à política de cortes de custos implementada pela companhia.

Entre as reivindicações dos trabalhadores está a oposição à redução da remuneração variável, a recomposição do efetivo de pessoal, a busca por mais segurança nodia da posse Sistema Petrobrás. Os petroleiros também cobram a criação de um plano de cargos e salários justo e isonômico para todos, além do fim dos equacionamentos da Petros ( causada pelos desvios de dinheiro dos trabalhadores descobertos pela operação Lava Jato, que os funcionários estão pagando  taxas extras e pagarão até 2020) e melhorias nas condições de segurança durante a manutenção e operação da fábrica de fertilizantes do Paraná (Fafen PR). A  defesa do teletrabalho com regras negociadas coletivamente também é uma das prioridades. Aqui, nesta reivindicação, a FUP volta a colocar os petroleiros como massa de manobra para defender o privilégio de alguns para que trabalhem de casa, como se ainda tivessem vivendo os horrores da pandemia.  A FUP quer que os funcionários que trabalham nas unidades parem suas operações para beneficiar aqueles que ficam em casa. Não deixa de ser curioso.

Posse da presidente da Petrobras, Magda ChambriardAs federações criticam o que classificam como “incoerência” da gestão da estatal, que ao mesmo tempo em que anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas, tem defendido medidas de austeridade interna. A insatisfação da categoria aumentou após declarações da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, sinalizando contenção de despesas, “mesmo diante do desempenho financeiro positivo da empresa”, diz um comunicado da FUP. Outro ponto destacado pelas entidades é a preocupação com as condições de segurança nas unidades operacionais da Petrobrás. Elas denunciam a prática de subnotificação de acidentes, como o ocorrido recentemente na plataforma Cherne 1, na Bacia de Campos (RJ), e exigem maior transparência echerne rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.

Com o objetivo de manter a mobilização e ao mesmo tempo sinalizar abertura ao diálogo, FUP e FNP preparam uma contraproposta unificada que será apresentada à direção da estatal. Na próxima semana, assembleias serão realizadas em todas as unidades da empresa para formalizar a rejeição da proposta atual apresentada pela Petrobrás, já amplamente criticada pela categoria. As federações afirmam que “seguem comprometidas com a luta por melhores condições de trabalho, justiça na distribuição dos resultados da companhia e respeito aos direitos dos petroleiros.”

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LuizGabriel P.AndressaRecent comment authors
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Andressa
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Andressa

Matéria anônima? Quem assina esse texto, tão cheio de vieses e ataques aos trabalhadores da Petrobras? Com que interesses? O ataque à mobilização da categoria como “massa de manobra” das federações parece mais uma estratégia desse veículo de imprensa do tipo “acuse-os do que vocês fazem”. Sindicato não faz greve sozinho. Se há greve é porque há genuíno e intenso descontentamento daqueles que geram as riquezas da empresa: seus empregados. E mais: a despeito do seu profundo desrespeito com os trabalhadores istrativos, o teletrabalho é trabalho, igualzinho ao que se faz nos escritórios, mas sem precisar do deslocamento, da perda… Read more »

Gabriel P.
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Gabriel P.

Poxa, estão semeando a desunião entre petroleiros por pura inveja? E se um operacional um dia virar istrativo, não vai querer ficar em teletrabalho? Na pandemia tivemos que trabalhar usando nossa internet e nossa energia elétrica, não se tratou de nenhum privilégio, embora tenha sido um regime de trabalho aprovado pela categoria. E teletrabalho é bom até pra quem precisa trabalhar presencial, diminui trânsito e lotação nos transportes. Pensem com o cérebro, não com o fígado.

Luiz
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Luiz

Porque não vai ser greve indeterminada ?? Só assim atinge os cofres e bolso da Cia !
#greveindeterminadaeuapoio