PETROBRÁS REVELA PLANOS PARA PERFURAR NOVOS POÇOS EM ARAM E EM BLOCOS NO EXTERIOR z1r6v
A diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos, detalhou os próximos os da companhia no Brasil e no exterior durante entrevista coletiva nesta terça-feira. Um dos focos da estatal segue sendo a área de Aram, no pré-sal da Bacia de Santos, onde ainda estão previstas duas novas perfurações, após a segunda descoberta de óleo na área. A expectativa é que esses novos poços ajudem a delimitar melhor a área central e a região nordeste do bloco.
Sylvia ressaltou que Aram e a Margem Equatorial fazem parte do planejamento estratégico da companhia, que segue com frentes abertas também nas regiões Sudeste e Sul. As descobertas mais recentes, porém, ainda estão na fase exploratória. “Estamos realizando as avaliações. A etapa de reservas será mais adiante. Mas, assim que concluirmos as análises e finalizarmos os poços previstos — e conseguirmos validar esses poços —, poderemos estimar os volumes recuperáveis”, afirmou.
Segundo ela, os dados que vêm sendo coletados serão integrados a informações de outras áreas, como Brava, Forno e o pré-sal de Marlim. “Acreditamos que, assim que isso estiver concluído, poderemos divulgar os volumes recuperáveis dessas áreas”, disse.
No exterior, a Petrobrás também mantém uma agenda ativa. Na Colômbia, a companhia está perfurando o poço Buenas Sortes e tem mais uma perfuração programada. O objetivo é ampliar a descoberta inicial de gás — estimada em 6 TCF (trilhões de pés cúbicos) — e viabilizar uma futura exportação. Por ora, o volume da primeira descoberta deverá atender majoritariamente ao mercado interno colombiano.
O projeto no país andino é considerado inovador por adotar o modelo subsea-to-shore, que leva o gás diretamente da produção submarina até a costa, sem o uso de plataformas. Entretanto, o cronograma depende do processo de licenciamento ambiental local. “São 116 comunidades a serem consultadas, das quais cerca de 30 já foram concluídas. Só será possível falar em prazo para o primeiro gás após a obtenção da licença”, explicou Sylvia. Com o aval ambiental em mãos, o projeto levaria de dois anos e meio a três anos para entrar em operação.
Além da Colômbia, a estatal prevê uma perfuração em campo já existente na Argentina, outra em São Tomé e Príncipe (com início previsto para julho), e uma parceria com a Total na África do Sul, que pode começar em dezembro ou no início de 2026. A empresa também avalia oportunidades de exploração em outros países, incluindo a Índia. “O objetivo é ter um portfólio robusto para escolher as melhores oportunidades”, concluiu a diretora.
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