PETROBRÁS E UNICAMP LANÇAM PROGRAMA PARA FOMENTAR STARTUPS TECNOLÓGICAS VOLTADAS AO MERCADO DE ÓLEO E GÁS 3e1k3s
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Petrobrás firmaram nesta quarta-feira (27), em Campinas (SP), um acordo pioneiro voltado à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com o objetivo de fortalecer a cadeia energética, de petróleo e gás no Brasil. Com validade de três anos, a parceria tem como foco a criação de startups de base tecnológica avançada, conhecidas como hard techs, no segmento de energia.
Além do desenvolvimento e teste de metodologias voltadas à capacitação, o convênio prevê também a oferta de bolsas de estudo, apoio à incubação de soluções com base científica e tecnológica, além da qualificação de potenciais fornecedores para o mercado nacional. A gestão e o desenvolvimento dessas startups serão incorporados à grade curricular dos cursos de graduação e pós-graduação da Unicamp, com ênfase em empreendedorismo tecnológico e inovação.
Batizada de Enfuse (Entrepreneurship for Future and Sustainable Energy), a proposta pretende estruturar e validar modelos de gestão eficientes para um programa de capacitação técnica e empreendedora, com potencial de ser replicado em outras partes do país. A meta é impulsionar o setor energético brasileiro — especialmente a cadeia de fornecedores de alta tecnologia — promovendo o surgimento de empresas inovadoras com base científica que contribuam com soluções para o setor.
“Nosso maior desafio é transformar pesquisa de ponta em soluções práticas para o setor. Se a metodologia se mostrar eficaz, ela poderá ser adotada em todo o país, ajudando o Brasil a se tornar um polo de desenvolvimento de empresas de tecnologias energéticas“, afirma o professor Marcelo Souza de Castro, diretor do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO) da Unicamp e responsável pelo projeto de PD&I.
Durante os três anos de duração, a iniciativa espera capacitar empreendedores com potencial para gerar soluções concretas para o setor energético — abrangendo desde o setor de petróleo e gás até fontes renováveis, como o hidrogênio. Além de incentivar o empreendedorismo em tecnologia, a proposta também poderá influenciar políticas públicas.
Na etapa inicial do programa, serão selecionados 50 participantes — incluindo estudantes de graduação, pós-graduação e empreendedores de várias partes do país — que serão divididos em grupos para testar diferentes formatos de formação. Parte das atividades inclui visitas a ecossistemas de inovação de destaque em países como Estados Unidos, China, Noruega, entre outros, além de polos nacionais, com o intuito de identificar boas práticas e adaptá-las à realidade brasileira.
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