NOVO DOCUMENTO DA FIRJAN REFORÇA O POTENCIAL DO USO DO HIDROGÊNIO PARA DESCABORNIZAR A INDÚSTRIA 58133m
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) lançou nesta semana uma nova nota técnica, na qual atualizou para 102 o total de iniciativas em andamento no país voltadas à produção de hidrogênio (H2) de baixo carbono. O documento, disponível neste link, reforça o papel estratégico do combustível na descarbonização de setores industriais intensivos em emissões, como siderurgia, refino e petroquímica.
Segundo o levantamento, apenas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 12 projetos com aprovação técnica, somando previsão de investimento de R$ 1,49 bilhão — dos quais mais de 75% têm origem no programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) da própria agência, com recursos provenientes da tarifa paga pelos consumidores de energia. Os R$ 367 milhões restantes serão aplicados diretamente pelas empresas envolvidas, conforme apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no workshop de H2 realizado em março deste ano.
Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP) acompanha um conjunto de 35 projetos conduzidos por operadoras de petróleo, que utilizam recursos da cláusula de P,D&I dos contratos de exploração e produção. Esses projetos mobilizam mais de R$ 420 milhões em investimentos privados, com execução prevista ao longo dos próximos quatro anos.
A Firjan também estima que, para atender às metas de produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAFs), o Brasil poderá demandar 120 mil toneladas de hidrogênio já em 2027 — número que pode triplicar até 2037.
“Com o avanço do marco legal, amos para novas etapas de regulação e de construção desse mercado, que devem ser atendidas. Destaca-se a necessidade de avançar principalmente no que diz respeito a interface com o setor elétrico, que é tido hoje como um entrave, por necessidade de investimento em redes de transmissão e a falta de clareza sobre quem arcará com esses custos”, afirma a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso.
A nota técnica também chama atenção para o desafio de tornar os preços do hidrogênio renovável mais competitivos. A federação alerta que as propostas submetidas à Chamada Pública para seleção de hubs de H2 ainda apresentam valores médios acima da referência definida pela Clean Energy Latin America (CELA).
Deixe seu comentário 30562h