MINISTRO DO GSI DIZ QUE CONCLUIR ANGRA 3 É ESSENCIAL PARA O FUTURO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO 71ij
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Antonio Amaro, avaliou que a conclusão de Angra 3 é um o fundamental para garantir o futuro do Programa Nuclear Brasileiro. A fala aconteceu durante a participação do ministro na cerimônia de abertura da feira NT2E 2025, na manhã desta terça-feira (20), no Rio de Janeiro. Em seu entendimento pessoal, a finalização da usina puxará toda a indústria nuclear — mineração, produção de combustível nuclear, geração de energia, entre outros segmentos.
“Entendemos que esse projeto é essencial para o desenvolvimento contínuo do programa nuclear brasileiro, dada sua repercussão em todas as vertentes do setor“, disse. No entanto, ele assumiu que essa visão pessoal sobre Angra 3 não corresponde, necessariamente, ao entendimento geral do governo como um todo sobre o tema.
“Falo [sobre a importância de concluir Angra 3] em nome da coordenação do desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, por meio do CDPNB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro), que envolve vários ministérios. Não é exatamente a voz do governo, mas sim de um comitê que debate o desenvolvimento do setor“, detalhou. Ainda assim, o ministro garantiu que “o governo também tem conduzido, com a responsabilidade que o tema requer, a discussão sobre a conclusão da usina.“
Amaro afirmou que, atualmente, a grande questão decisiva para retomar as obras de Angra 3 é a definição da tarifa que será paga pelos consumidores pela energia gerada. “Essa tarifa precisa ser competitiva em comparação com outras fontes, como a eólica e a solar. É um ponto essencial para viabilizar o financiamento da usina. O debate é muito econômico, mas há outros aspectos relevantes, como o papel da energia nuclear como fonte limpa e o efeito positivo que a usina tem sobre todo o setor“, avaliou.
O ministro destacou que o Brasil conta com uma das maiores reservas mundiais de urânio, com apenas um terço do território nacional prospectado. Ele sugeriu que, para o avanço do setor no país, é fundamental incentivar parcerias entre empresas públicas, privadas e instituições nacionais e internacionais. Amaro também avalia que os principais desafios para a expansão da energia nuclear no Brasil envolvem a complexidade dos projetos e os elevados requisitos de segurança.
O GSI exerce papel relevante na atuação governamental dentro do setor nuclear, coordenando ações de segurança por meio do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro e promovendo o fomento do setor por meio do CDPNB. O ministro destacou duas iniciativas recentes do CDPNB. A primeira é a revisão do plano estratégico de comunicação social do setor nuclear, recentemente divulgada, com o objetivo de fortalecer a percepção positiva da sociedade sobre a tecnologia nuclear. A segunda foi a aprovação da proposta de reestruturação do Comitê, com a criação do Subcomitê Executivo como instância intermediária para aprimorar a governança do setor.
1 Deixe seu comentário 4l6656
Resta saber porque Angra 3 já ou por três ou quatro tentativas de conclusão e jamais foi concluída. Será porque é grande demais, complexa demais, com sobre engenharia demais, automatizada demais, trens de segurança demais, quatro, ao invés de dois como outras usinas, requer CAPEX grande demais, sua construção demora demais, é artesanal demais, seus componentes, sistemas e estruturas estão velhos demais, as pessoas que a conhecem estão velhas demais, ou mortos demais, os riscos combinados do EPC são grandes demais, tornando o empreendimento incerto demais? Adicionalmente aqueles que a defendem construíram usinas nucleares de menos, entendem sobre o assunto… Read more »