KAROON AVANÇA EM DEFINIÇÃO SOBRE NEON, ANUNCIA BUSCA POR PARCEIRO E PREVÊ PRIMEIRO ÓLEO EM 2029 59326h
A Karoon Energy anunciou nesta semana que o projeto de desenvolvimento do campo de Neon, localizado na Bacia de Santos, está um pouco mais perto de sair efetivamente do papel. A companhia revelou que avançou para a fase “Define” — etapa que antecede a decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês). O campo está situado a 75 quilômetros ao nordeste do campo de Baúna, que é atualmente o principal ativo da empresa no litoral brasileiro. Caso consiga avançar conforme o planejado e chegar à decisão de investimento, a Karoon espera iniciar a produção do primeiro óleo de Neon em 2029.
A fase Define contemplará atividades para amadurecer ainda mais a oportunidade do campo rumo ao FID, incluindo os estudos de engenharia detalhada (FEED) do FPSO e instalações de superfície; a confirmação do número final de poços, sua distribuição e design; a garantia de um FPSO apropriado; e o engajamento com a cadeia fornecedora para contratos-chave de fornecimento e serviços, incluindo sonda de perfuração.
A Karoon também informou que iniciará no segundo trimestre de 2025 o processo de “farm-down”, isto é, a busca por um parceiro para assumir uma parcela do empreendimento — condição considerada essencial para seguir com o desenvolvimento do campo. A expectativa é concluir essa negociação até o final do ano. O farm-down é condição prévia para a decisão final de investimento.
O plano de financiamento da Karoon considera a venda de 30% a 50% de participação no projeto. Ainda que o marketing não tenha começado, vários potenciais parceiros já demonstraram interesse, de acordo com a empresa. Caso o farm-down se concretize até o final de 2025, e as condições do projeto e de mercado sejam favoráveis, a decisão final de investimento está prevista para meados de 2026.
“Avançar com o desenvolvimento do campo Neon para a fase Define é um marco importante para a Karoon. Ao longo do último ano, reprocessamos os dados sísmicos 3D existentes, recalibramos com dados dos poços Neon-1 e 2 e reconstruímos os modelos geológicos. Esse trabalho levou a uma reavaliação completa do recurso Neon, validada por especialistas independentes da Miller and Lents Ltd.“, disse o CEO da petroleira, Julian Fowles.
As estimativas de recursos contingentes do campo Neon foram atualizadas após uma reinterpretação sísmica e nova modelagem geológica. Os recursos contingentes subiram para 59,8 milhões de barris (1C), 86,5 milhões de barris (2C) e 108 milhões de barris (3C). Além disso, a empresa reconheceu pela primeira vez 6,7 milhões de barris em recursos prospectivos (2U) no próprio campo Neon.
“Identificamos oportunidades de perfuração complementar e fases futuras de desenvolvimento que podem estender a vida econômica do projeto até a década de 2040. O Neon poderá também se tornar um hub de desenvolvimento para os 27 milhões de barris de Recursos Contingentes 2U já descobertos em Goiá e os Recursos Prospectivos próximos em Neon West“, explicou Fowles.
O conceito de desenvolvimento do campo Neon que será levado à fase Define inclui o desenvolvimento autônomo com FPSO realocado e capacidade de cerca de 50.000 barris por dia, apto a acomodar o pico de produção do campo e futuros tiebacks. Ainda de acordo com a proposta, a primeira fase do campo pode ter quatro poços submarinos produtores e um poço de reinjeção de gás. Uma segunda fase com poços complementares poderá ser considerada futuramente.
“Os custos preliminares da primeira fase de desenvolvimento de Neon estão estimados entre US$ 900 milhões e US$ 1,2 bilhão. Com preço do Brent a US$ 65/bbl, o retorno do investimento se daria em aproximadamente dois anos, com TIR acima de 20%. O desenvolvimento de recursos adicionais poderá melhorar ainda mais a economia do projeto“, finalizou o CEO da Karoon.
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