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GREVE EM REFINARIAS AFETA FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS NA FRANÇA b2d5o

greve françaApós a aprovação pelo governo de uma série de novas reformas trabalhistas, a França atravessa hoje um furacão de movimentos populares e a paralisação de trabalhadores já deixa rastros sobre o setor de óleo e gás. Uma greve geral contra a austeridade das propostas do presidente François Hollande interrompeu a operação de seis das oito refinarias ativas no país, além de mais de 800 postos de abastecimento, o que vem causando a escassez de combustíveis em território francês. De acordo com entidades sindicais, o movimento irá persistir até que sejam revogadas as novas leis trabalhistas.

A mobilização, que teve início há cerca de dois meses, começa a impactar diretamente o setor de petróleo nesta semana. A greve também vem atingindo as atividades portuárias no país, com embarcações impossibilitadas de sair em diversas regiões. Com desdobramentos nas diversas áreas da cadeia de óleo e gás, o movimento também já paralisa cinco depósitos de combustível.

A tendência é de que a situação se agrave nos próximos dias. Ao o que cerca de 850 postos de abastecimento estão parados, mais de 1.600 já tinham suas reservas esgotadas ou em regime de racionamento na manhã desta segunda-feira (23). “Nenhuma gota de petróleo”, defendeu o representante do sindicato dos trabalhadores Maxime Picad, em uma das refinarias de For-Sur-Mer, na região sul da França.

Impulsionada pelo presidente Hollande, a reforma laboral foi aprovada no início do mês por meio de um decreto, o que motivou críticas ainda maiores pela falta de votação na tramitação do projeto. O documento deverá ser debatido no Senado entre 13 e 24 de junho e votado na câmara no dia 28 de junho. Caso seja aprovado, deverá retornar à Assembleia Nacional para aprovação final do governo, que poderá novamente recorrer à via do decreto para evitar votações.

A reforma é considerada “muito liberal” pelos sindicatos, e favoreceria as empresas em detrimento dos trabalhdores. Apesar da repressão crescente por parte das forças policiais, o movimento vem ganhando contornos cada vez maiores e tem apoio de 56% da população, segundo pesquisa de opinião divulgada no último domingo (22).

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