CNEN AUTORIZOU A OPERAÇÃO PERMANENTE PARA A UNIDADE DE ARMAZENAMENTO A SECO DA CENTRAL NUCLEAR DE ANGRA x302s
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) concedeu, nesta segunda-feira (24), a Autorização para Operação Permanente da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), localizada na Central Nuclear de Angra dos Reis. Com validade de 40 anos e possibilidade de renovação, esse aval representa um avanço em relação à permissão inicial concedida em 2021, reforçando a segurança e eficiência no armazenamento de combustível nuclear. A UAS tem capacidade para até 72 Hi-Storms e poderá receber combustíveis usados até 2045.
Segundo especialistas do setor, combustíveis usados não são considerados rejeitos radioativos, pois ainda possuem um significativo potencial energético, que poderá ser reaproveitado no futuro. Países como Rússia, França e Japão já utilizam técnicas de reciclagem para este material. O sistema de armazenamento da UAS, similar ao utilizado em mais de 70 locais nos Estados Unidos, foi projetado para resistir a eventos extremos, como terremotos, tornados e inundações.
A Eletronuclear já fez uma primeira campanha de transferência de combustível usado das usinas de Angra para a UAS. Entre 2021 e 2022, 15 Hi-Storms foram transportados. Na fase inicial da segunda campanha, finalizada em agosto de 2024, mais 15 unidades foram adicionadas. Ao término da segunda fase, que contará com a contribuição de Angra 1 entre 2025 e 2026, o total de Hi-Storms armazenados será de 48.
“Este é um importante marco para a Eletronuclear e para o setor nuclear brasileiro. Ele confirma que, com respeito às mais rigorosas normas de segurança e eficiência, estamos prontos para garantir o armazenamento seguro dos combustíveis irradiados e dar continuidade ao nosso compromisso com a geração de energia limpa e sustentável para o Brasil. A operação da UAS não só assegura a segurança das instalações como também reforça o papel da energia nuclear na matriz energética nacional, com potencial de reaproveitamento futuro dos combustíveis usados”, destaca o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo.
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Excelente notícia. Entretanto dizer que o combustível irradiado não é rejeito é um sofisma. Se nem enriquecemos em escala nosso próprio Urânio na quantidade para abastecer apenas duas usinas, uma delas pequena, imaginar reprocessar o combustível irradiado, no nosso caso, está em outra galáxia. Criemos escala na fabricação do nosso combustível, ampliemos nossa frota de usinas nucleares e, eventualmente num futuro distante, reprocessaremos o combustível irradiado. Até lá é rejeito, bem guardado e protegido, mas é o mais intenso rejeito que a humanidade jamais criou. Nada no país deve ser tão bem protegido, mas não tem sentido tratarmos bem o… Read more »