Energia Nuclear – Petronotícias a556y Seu canal de notícias de Óleo & Gás Fri, 23 May 2025 08:00:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.6.29 /wp-content/s/2018/02/cropped-petroicon-32x32.png Energia Nuclear – Petronotícias a556y 32 32 ESPECIALISTAS DEFENDEM USO DE ENERGIA NUCLEAR PARA DESCARBONIZAÇÃO DA AMAZÔNIA LEGAL NO FECHAMENTO DA NT2E 562639 /especialistas-defendem-uso-de-energia-nuclear-para-descarbonizacao-da-amazonia-legal-no-fechamento-da-nt2e/ /especialistas-defendem-uso-de-energia-nuclear-para-descarbonizacao-da-amazonia-legal-no-fechamento-da-nt2e/#respond Fri, 23 May 2025 08:00:47 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253318 <![CDATA[Após uma semana intensa de debates e reuniões de negócios, chegou ao fim a feira NT2E 2025, organizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), no Rio de Janeiro. O último , que fechou o evento com chave de ouro, levantou uma questão importante sobre uma região estratégica do Brasil – a Amazônia […]]]> <![CDATA[

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Imagem do WhatsApp de 2025-05-23 à(s) 02.02.28_440c5dfaApós uma semana intensa de debates e reuniões de negócios, chegou ao fim a feira NT2E 2025, organizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), no Rio de Janeiro. O último , que fechou o evento com chave de ouro, levantou uma questão importante sobre uma região estratégica do Brasil – a Amazônia Legal. Compreendendo nove estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins) e mais de 800 cidades, a área reúne cerca de 30 milhões de habitantes. Um dos principais desafios da Amazônia Legal está relacionada ao fornecimento de energia, já que há uma forte presença de sistemas isolados de geração alimentados com fontes altamente poluentes. Por isso, governo e especialistas do setor elétrico estudam alternativas para descarbonizar a produção de energia da região. Esse foi o pano de fundo para que cinco debatedores discutissem na NT2E os caminhos possíveis para essa questão. Entre as alternativas, a energia nuclear surgiu como aposta promissora para garantir um suprimento limpo, seguro e contínuo à região. Ao final do debate, o moderador Leonam Guimarães, diretor técnico da ABDAN, perguntou os participantes do quais são os caminhos para possibilitar o uso da fonte nuclear na Amazônia Legal.

O Petronotícias publica agora a resposta de cada um deles, começando pela assessora da presidência na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Patricia Gonzalez:

Imagem do WhatsApp de 2025-05-23 à(s) 02.00.59_6b916f0bÉ algo bem desafiador, mas eu elencaria três principais desafios. O primeiro é o legal-regulatório. Um dos painéis da NT2E trouxe várias questões que estou levando para dentro de casa, para a EPE, para ver como conseguimos refletir isso nos nossos planos, não só no Plano Decenal de Energia (PDE), mas também no Plano Nacional de Energia (PNE). O PDE tem um horizonte mais curto, mas o PNE permite enxergar mais possibilidades.

Além da questão legal e regulatória, eu destacaria também o custo inicial, que ainda é muito elevado — especialmente quando falamos de modelos de negócio para uma região como a Amazônia Legal.

O terceiro ponto é a competitividade. O leilão de sistema isolado é agnóstico em relação à tecnologia e à fonte. A competição entre os modelos de negócio é dura, ainda mais agora com a entrada do preço de carbono, o que já é um o muito significativo e que o Brasil deve comemorar.

A questão do custo ainda joga contra uma tecnologia tão inovadora, mas não tenho dúvidas de que o Brasil, se insistir nos estudos e em avançar em modelos de negócio — seja com SMRs puros ou combinados com outras tecnologias — pode, sim, ver essa tecnologia despontar em futuros leilões. Não acho que seja um futuro impossível.

O deputado Arnaldo Jardim abordou como o tema nuclear pode ser debatido nas discussões do Congresso Nacional:

Imagem do WhatsApp de 2025-05-23 à(s) 02.00.15_de7b16b9Esse é um tema super significativo. Vou fazer alguns comentários objetivos. Um dos efeitos para nós da crise entre Ucrânia e Rússia foi a questão do suprimento de fertilizantes. Tivemos que rever rotas e amos a importar mais do Canadá. E, ao mesmo tempo, temos Autazes (AM), com um projeto aguardando licenciamento ambiental há nove anos, sem autorização, com indefinição se a legislação é estadual ou nacional. Resultado: não podemos comprar de Autazes, mas compramos dos indígenas canadenses, que têm acordos com as mineradoras. É uma ironia.

Estou animado. Acredito que temos amplo apoio parlamentar para as medidas de ajuste necessárias à plena implementação dos pequenos reatores modulares (SMRs) e microrreatores (MMRs) no Brasil. Tenho visto isso no Congresso. O trabalho que o presidente da Frente Parlamentar Nuclear, deputado Júlio Lopes, tem feito é fundamental.

Precisamos de previsibilidade e antecedência quando se fala em energia. Tudo que parece custoso hoje, com escala e aprendizado, tende a se tornar competitivo. Vimos isso com a solar, com o etanol e com o biometano. Energia mais cara é aquela que não temos. Esse deixou isso muito claro.

A executiva Alice Cunha, líder de inovação na americana Westinghouse, apresentou os trabalhos da companhia no desenvolvimento do microrreator eVinci. Ela também chamou a atenção para os desafios legais envolvidos na instalação de usinas nucleares no país.

Alice CunhaConcordo com os desafios apresentados pela Patrícia — a questão legal é realmente fundamental. Outro ponto importante é a proatividade nos estudos. Parte da implementação dessa tecnologia exige, antes de tudo, avaliações locais, estudos sobre desafios adicionais como transporte e controle.

O Canadá, por exemplo, lançou há anos seu roap para uso dessa tecnologia e foi avançando o a o. Além disso, há um desafio muito relevante em relação à aceitação social. Por lá, é feito um trabalho muito próximo com povos originários e comunidades locais. Existem até organizações indígenas que participam da implementação de projetos nucleares.

As empresas também têm responsabilidade nesse engajamento comunitário, desde o início — antes mesmo de o projeto começar. É algo que fazem bem por lá, e que somos demandados a fazer. No Brasil, esse certamente será um desafio, e precisamos levar isso em consideração desde já. Podemos e devemos aprender com essas experiências.

O presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE), Mário Menel, avaliou que as atividades econômicas legalizadas são fatores que ajudam a defender o meio ambiente.

Mario menelEu parto de um princípio: sem atividade econômica, você não faz conservação. Há vários exemplos. Na Amazônia, por exemplo, há uma proliferação de minerações que não pagam concessão e que não seguem regras. Se você olhar no Google Maps a Reserva de Carajás, verá que ela tem duas partes: uma cuidada pela Vale e outra pelo governo brasileiro. A parte da Vale, que tem atividade econômica e cuja concessão pode ser perdida, está verdinha. A parte do governo está marronzinha. É nítido.

A Patrícia falou sobre o custo. Em uma equação que envolva a Amazônia, temos que incluir um fator estratégico. E essa discussão envolve soberania. Acho que é hora do Congresso Nacional olhar com seriedade para esse tema e entender que precisamos de atividades econômicas controladas na Amazônia. Só assim vamos ter recursos para preservar a floresta. O desafio é estratégico: observar princípios e, a partir daí, moldar a legislação para acompanhar esses princípios.

Por fim, a Gerente de Sustentabilidade no IBRAM, Cláudia Salles, também destacou os desafios regulatórios e de comunicação:

Imagem do WhatsApp de 2025-05-23 à(s) 02.01.21_77f3415dFaço coro às colegas que me antecederam: a questão regulatória é fundamental, é um verdadeiro precursor das atividades. Mas há também uma questão cultural importante, que precisa ser enfrentada para conseguirmos dinamizar a agenda da energia nuclear aqui no Brasil.

Do ponto de vista da mineração — e não falo apenas dos minerais nucleares, mas de todo o setor — um grande desafio é fortalecer a agenda de pesquisa mineral. Hoje, em termos de conhecimento geológico de escala econômica, o Brasil está em torno de apenas 30%. Mesmo com esse percentual, já temos uma grande potência. Imagine se ampliarmos esse conhecimento com mais investimento em pesquisa, especialmente voltada para os minerais nucleares.

Um ponto instigante, e também desafiador, é a própria discussão sobre a flexibilização do monopólio dos bens minerais nucleares. Claro, não estamos falando da parte de enriquecimento e conversão, mas da etapa de pesquisa, extração e da possibilidade de parcerias público-privadas. Vejo aí uma grande oportunidade — e acredito que, com vontade política e articulação adequada, podemos destravar essa agenda e contribuir para energizar, de forma sustentável, a nossa matriz energética com essa importante fonte.

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ABDAN VAI DISCUTIR COM O MERCADO SUGESTÕES PARA A CRIAÇÃO DE UMA LEI GERAL DO SETOR NUCLEAR 642g3l /abdan-vai-discutir-com-o-mercado-sugestoes-para-a-criacao-de-uma-lei-geral-do-setor-nuclear/ /abdan-vai-discutir-com-o-mercado-sugestoes-para-a-criacao-de-uma-lei-geral-do-setor-nuclear/#respond Thu, 22 May 2025 18:00:31 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253250 <![CDATA[A Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) vai começar em breve a reunir sugestões de diferentes agentes do mercado para elaborar uma proposta de atualização do marco legal do setor. A novidade foi apresentada pelo diretor técnico da associação, Leonam Guimarães, durante a feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o […]]]> <![CDATA[

leonamA Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) vai começar em breve a reunir sugestões de diferentes agentes do mercado para elaborar uma proposta de atualização do marco legal do setor. A novidade foi apresentada pelo diretor técnico da associação, Leonam Guimarães, durante a feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o objetivo é receber diferentes contribuições de agentes da indústria para elaborar uma Lei Geral Nuclear, nos mesmos moldes da Lei Geral do Petróleo (nº 9.478/1997).

Buscamos fazer uma análise do atual marco regulatório nuclear brasileiro para, futuramente, propor sua modernização, visando segurança, desenvolvimento sustentável, financiamento e inovação tecnológica“, disse Guimarães durante palestra na NT2E. “Muito se fala sobre a necessidade de modernização do marco regulatório, mas nós, na ABDAN, percebemos que ainda falta uma abordagem integrada sobre todos os aspectos da regulação. Quando se fala em regulação, isso abrange inúmeros aspectos — e eles vêm sendo tratados de forma isolada“, acrescentou.

Em sua apresentação na NT2E, o diretor técnico da ABDAN explicou que as linhas gerais para a modernização do marco legal nuclear são: substituir o monopólio estatal por um modelo de parcerias público-privadas; fortalecer uma regulação independente; ampliar a cobertura da responsabilidade civil com base nos padrões internacionais; e estimular a inovação e pesquisa com maior envolvimento do setor privado.

DSC_0058Ainda de acordo com Leonam, a proposta de Lei Geral Nuclear precisa consolidar diretrizes e garantir maior clareza sobre o papel do Estado e da iniciativa privada.

O diretor da associação diz que os objetivos com a nova legislação são: reafirmar o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear; empoderar o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB) como coordenador das diretrizes entre os ministérios; definir modelos de concessão e autorização para geração de energia, ciclo do combustível e aplicações médicas e industriais; atualizar normas de segurança e responsabilidade civil; e criar mecanismos de fomento à pesquisa com participação público-privada.

Hoje, a geração nuclear é exclusiva da Eletronuclear; mas em um novo modelo poderiam acontecer concessões com controle estatal. No ciclo do combustível, propõe-se ampliar as parcerias publico-privadas. Além disso, a regulação deve evoluir com a consolidação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). A responsabilidade civil precisa ser atualizada. Já na pesquisa, é necessário criar incentivos que estimulem a participação da iniciativa privada“, resumiu.

A minuta da análise da ABDAN sobre a atual legislação estará disponível em breve no site da associação e ficará aberta para críticas e comentários do mercado. “Essa reflexão é urgente. O tema é amplo, multidisciplinar, e exige uma abordagem mais integrada“, concluiu Guimarães.

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PETROBRÁS AVALIA O USO DA ENERGIA NUCLEAR PARA DESCARBONIZAR OPERAÇÕES EM PLATAFORMAS OFFSHORE c201n /petrobras-avalia-o-uso-da-energia-nuclear-para-descarbonizar-operacoes-em-plataformas-offshore/ /petrobras-avalia-o-uso-da-energia-nuclear-para-descarbonizar-operacoes-em-plataformas-offshore/#respond Thu, 22 May 2025 08:00:49 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253217 <![CDATA[A indústria do petróleo e o setor nuclear se encontraram durante a feira NT2E 2025, no centro de exposições Expomag, no Rio de Janeiro. Representantes desses dois segmentos debateram como a geração de energia atômica pode ajudar a reduzir as emissões das empresas petrolíferas. O engenheiro sênior do Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES), Edgar Poiate, apresentou durante o […]]]> <![CDATA[

DSC_0031A indústria do petróleo e o setor nuclear se encontraram durante a feira NT2E 2025, no centro de exposições Expomag, no Rio de Janeiro. Representantes desses dois segmentos debateram como a geração de energia atômica pode ajudar a reduzir as emissões das empresas petrolíferas. O engenheiro sênior do Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES), Edgar Poiate, apresentou durante o evento algumas ideias e planos da estatal sobre como aplicar energia nuclear em navios-plataformas (FPSOs) no futuro.

Já mapeamos e ranqueamos as tecnologias disponíveis, levando em conta o quando seria possível reduzir as emissões por barril de óleo produzido. Com as tecnologias atuais, já é possível reduzir cerca de 55% das emissões de CO₂. No entanto, para atingir o chamado net zero, precisaremos incorporar novas tecnologias — e a energia nuclear aparece entre elas como um dos meios para alcançar essa meta“, afirmou.

Um FPSO que opera na camada do pré-sal, por exemplo, fica localizado a cerca de 250 km da costa, em lâmina d’água de até 3.000 metros. A distância do continente implica, naturalmente, em desafios para o fornecimento de energia para essas embarcações. Uma unidade do tipo demanda em torno de 150 megawatts elétricos, além de 40 a 80 megawatts térmicos. Atualmente, o gás natural é o combustível que alimenta as turbinas dos FPSOs. O sistema de geração de energia é responsável por cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa — é justamente aí que a energia nuclear pode trazer grande contribuição.

DSC_0035Poiate relatou ainda que a indústria de petróleo também enfrenta limitações de espaço físico nos topsides (parte superior) dos FPSOs, onde já coexistem diversos equipamentos essenciais — como separadores, trocadores de calor e outros elementos — para a produção do petróleo. Além do espaço, o peso nos módulos superiores é uma restrição importante.

Por isso, estamos investindo na tecnologia submarina. Quanto mais equipamentos pudermos transferir do topside para o leito marinho — como separadores de óleo-água, gás-líquido, bombas e compressores —, melhor. Isso reduz a energia necessária para elevação dos fluidos, diminui o tamanho e o custo do FPSO, e ainda melhora a eficiência geral do sistema. Esses equipamentos submarinos consomem, em média, entre 4 e 12 megawatts elétricos“, detalhou.

Segundo o engenheiro, nesse cenário, a energia nuclear surge como uma opção que a indústria de petróleo dispõe para a descarbonização do setor. Contudo, ela não está sozinha, pois compete diretamente com outras rotas tecnológicas. “Uma delas é trazer a geração elétrica da costa para os FPSOs. Também estudamos a geração offshore de energia, a oxicombustão, o uso de CCUS (captura, uso e armazenamento de carbono), aproveitamento de correntes oceânicas, energia térmica do oceano, ciclos combinados e até tecnologias de CO₂ supercrítico. A hibridização entre essas tecnologias também é uma possibilidade“, ponderou.

DSC_0046A Petrobrás já idealiza algumas eventuais aplicações da energia nuclear. No topside, existem dois cenários possíveis para o uso de pequenos reatores modulares (SMRs). No primeiro deles, o reator estaria embarcado junto aos demais equipamentos de produção de petróleo — ou seja, integrado ao próprio FPSO. Já no segundo, haveria uma embarcação dedicada apenas ao SMR, funcionando como um power hub, responsável por alimentar até três FPSOs. “Esse segundo cenário apresenta desafios adicionais. Além de seguir as premissas de modularidade, footprint reduzido e leveza estrutural, o SMR teria que operar a cerca de 200 a 250 km da costa“, afirmou Poiate.

Um ponto crítico é a operação de troca de combustível — que deve ocorrer no local, sem deslocamento da plataforma para terra. O FPSO é projetado para permanecer em sua posição durante toda sua vida útil, o que torna inviável qualquer movimentação para esse tipo de manutenção. Outro desafio importante está na infraestrutura elétrica necessária. Seria preciso implementar cabos submarinos capazes de ar cargas dinâmicas em ambientes de correnteza, ondas e ventos, garantindo o fornecimento de energia para múltiplas unidades“, acrescentou.

DSC_0048Outro tipo de aplicação — ainda mais ousada — prevê o uso submarino de microreatores. “Esses dispositivos poderiam alimentar diretamente equipamentos instalados no leito marinho, como bombas injetoras de água ou CO₂ supercrítico, compressores para reinjeção de gás, ou separadores submarinos óleo-água e gás-líquido. Dependendo da potência do SMR, seria possível atender a vários desses sistemas simultaneamente“, afirmou o engenheiro.

Por fim, Poiate frisou que para entrar no chamado “cardápio de seleção da Petrobrás, qualquer tecnologia precisa estar, no mínimo, no nível TRL 8 (Technology Readiness Level, segundo a escala da NASA), ou seja, em fase de comercialização. Soluções abaixo desse patamar não são consideradas para a fase de design competition. Só as tecnologias maduras, que comprovadamente trazem valor presente líquido superior, entram para essa etapa. “Portanto, se quisermos ver energia nuclear aplicada na próxima geração de FPSOs, a tecnologia precisa estar qualificada, regulamentada e pronta para operar. Ela precisa garantir as mesmas condições de segurança e desempenho que as soluções hoje disponíveis no setor“, finalizou.

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PRESIDENTE DA CNEN SUGERE A ELABORAÇÃO DE NOVO PROGRAMA NUCLEAR 1v705i DE OLHO NA CONSTRUÇÃO DE ATÉ 12 USINAS /presidente-da-cnen-sugere-a-elaboracao-de-novo-programa-nuclear-de-olho-na-construcao-de-ate-12-usinas/ /presidente-da-cnen-sugere-a-elaboracao-de-novo-programa-nuclear-de-olho-na-construcao-de-ate-12-usinas/#comments Wed, 21 May 2025 17:00:35 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253162 <![CDATA[O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli, sugeriu durante a feira NT2E 2025 a elaboração de um novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), estruturado em dez eixos temáticos e com metas de curto, médio e longo prazos. A ideia é reunir todos os atores do setor, públicos e privados, para a elaboração […]]]> <![CDATA[

Francisco-NT2E-2025O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli, sugeriu durante a feira NT2E 2025 a elaboração de um novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), estruturado em dez eixos temáticos e com metas de curto, médio e longo prazos. A ideia é reunir todos os atores do setor, públicos e privados, para a elaboração do programa. Como pano de fundo, o novo PNB teria como alvo a construção de 10 a 12 novas usinas no país até 2060.

Para fazer isso, precisamos ter um contexto de governança e transparência. Na instância de governança, temos o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB), que foi constituído para essa finalidade, juntamente com o subcomitê executivo do CDPNB e com coordenação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)“, explicou Rondinelli. Ele também disse que o MCTI assumiria a coordenação da elaboração do programa, com o apoio da CNEN como agência executora.

Ainda de acordo com a proposta apresentada pelo presidente da CNEN, seria realizada uma reunião no terceiro trimestre de 2025 no subcomitê executivo do CDPNB para apreciação de proposta de trabalho do MCTI sobre como elaborar esse programa. Em um o seguinte, a apreciação, a discussão, os ajustes e a aprovação da proposta poderiam acontecer em reunião do CDPNB no quarto trimestre deste ano. “Depois, ao longo de 2026, seriam realizadas reuniões temáticas sobre os dez eixos, para definição de metas e cronogramas“, acrescentou.

Pela sugestão, a meta é iniciar a implementação do novo programa já em 2027, com base no que for estabelecido nos dez eixos. “Até 2060, visualizo a implantação das 10 a 12 usinas mencionadas. Isso não será feito em uma década — é preciso reconhecer o tempo necessário para financiar, construir e tornar o programa economicamente viável“, ponderou Rondinelli. “O Programa Nuclear Brasileiro deve ser um projeto de Estado — aprovado pela Presidência da República, publicado oficialmente e respeitado por governos sucessivos“, acrescentou.

Os dez eixos estratégicos sugeridos são: Energia nuclear; Medicina nuclear; Indústria; Agricultura; Pesquisa e inovação; Defesa; Segurança nuclear e radiológica; Ensino e capacitação; Soberania tecnológica e geopolítica; e Comunicação política e transparência social.

O presidente da CNEN considera fundamental que a discussão sobre o marco regulatório da mineração entre nos grupos temáticos do Programa Nuclear Brasileiro. “Precisamos de um marco mais atrativo ao setor privado. A União não precisa garantir sozinha todos os investimentos. Já avançamos um pouco com a Lei 14.514, mas podemos ir além, inclusive no aproveitamento do urânio associado a outros minérios“, disse. Rondinelli também declarou que o Brasil possui reservas de urânio que poderiam abastecer algo entre 10 a 12 usinas nucleares de grande porte, além de suprir o submarino nuclear, o LABGENE e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

Temos também a tecnologia nacional de enriquecimento de urânio, considerada uma das melhores do mundo. Devemos pensar na expansão dessa capacidade com a criação de uma fábrica de centrífugas, que poderia atender a demanda de um parque de 10 a 12 reatores. Mas isso não se faz em quatro ou cinco anos. Precisamos de um plano de curto, médio e longo prazo, com metas, cronogramas, indicadores e recursos alocados“, concluiu.

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA DIZ QUE ESTÁ PRIORIZANDO MINERAÇÃO DE URÂNIO E QUER ATRAIR INVESTIMENTO PRIVADO 147012 /ministerio-de-minas-e-energia-diz-que-esta-priorizando-mineracao-de-uranio-e-quer-atrair-investimento-privado/ /ministerio-de-minas-e-energia-diz-que-esta-priorizando-mineracao-de-uranio-e-quer-atrair-investimento-privado/#respond Wed, 21 May 2025 15:00:28 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[Mineração]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253147 <![CDATA[O urânio é a pauta da vez no Ministério de Minas e Energia. O diretor do Departamento de Planejamento e Política Mineral da pasta, Anderson Barreto Arruda, afirmou durante uma palestra na feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro, que o fomento à extração desse mineral é um assunto que tem sido priorizado pelo ministro […]]]> <![CDATA[

Anderson-NT2E-2025O urânio é a pauta da vez no Ministério de Minas e Energia. O diretor do Departamento de Planejamento e Política Mineral da pasta, Anderson Barreto Arruda, afirmou durante uma palestra na feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro, que o fomento à extração desse mineral é um assunto que tem sido priorizado pelo ministro Alexandre Silveira. “Dentro da agenda mineral, é o tema que mais tem demandado atenção direta dele. O ministro reconhece o potencial do Brasil de desenvolver rapidamente essa cadeia e está empenhado em apoiar a produção mineral de urânio“, disse Arruda.

O diretor também destacou que a mineração do urânio é o tema que mais mobiliza esforços atualmente dentro do Departamento de Planejamento e Política Mineral. “Estamos trabalhando para entregar resultados concretos ao mercado em breve. A pauta do urânio também tem sido prioridade nos trabalhos do Departamento de Planejamento e Política Mineral“, declarou.

DSC_0061Arruda destacou que a produção mundial de urânio hoje está bastante concentrada em três países: Austrália, Canadá e Cazaquistão. Essa concentração, segundo ele, representa um risco geopolítico para o mundo e tem levado grandes produtores de energia nuclear a buscar novos fornecedores confiáveis. “Sem dúvida nenhuma, o Brasil pode se tornar um desses players globais no fornecimento de urânio“, avaliou.

O diretor do MME acredita que o mercado mundial de urânio tem espaço para o Brasil — não apenas para atender o próprio programa nuclear brasileiro, mas também para exportar o excedente. “O cenário internacional está cada vez mais favorável à energia nuclear. Isso se reflete em oportunidades para o Brasil, que pode se posicionar como um dos grandes players da cadeia nuclear“, afirmou.

Arruda destacou um trabalho feito recentemente pelo Serviço Geológico do Brasil com o projeto Urânio Brasil, que consolidou dados de 300 ocorrências históricas do mineral no país. O resultado foi a criação de mapas de favorabilidade e a identificação de províncias com forte potencial, como Lagoa Real, onde está localizada a mina de Caetité (BA), e a província de Rio Cristalino, no Pará.

Urânio

No entanto, o representante do MME também reconheceu que para aproveitar as oportunidades na cadeia do urânio, será preciso parcerias com o setor privado. “Precisamos atrair investimentos privados, sobretudo para pesquisa mineral e desenvolvimento da cadeia produtiva do urânio — da lavra até a produção do combustível. Para isso, estamos trabalhando no aprimoramento do marco regulatório. A Lei nº 14.514 foi um avanço importante, mas ainda faltam instrumentos que garantam segurança jurídica e um ambiente mais favorável aos negócios“, ponderou.

Arruda finalizou dizendo que a pesquisa mineral é intensiva em capital e risco — e ninguém está mais preparado para isso do que o setor privado. De acordo com ele, é necessário estabelecer regras claras para casos em que o urânio aparece como mineral associado. “Temos diversos ativos no Brasil em que o urânio, antes visto como contaminante, hoje pode ser um diferencial competitivo. O Brasil tem um imenso potencial, e nós, no MME, estamos atentos e empenhados em desenvolver estratégias para transformar esse potencial em realidade“, concluiu.

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CELSO CUNHA DEFENDE MAIS EQUILÍBRIO NA RELAÇÃO ENTRE SETOR PRIVADO E ESTADO PARA RETOMAR ANGRA 3 E VIABILIZAR NOVAS USINAS g5s /celso-cunha-defende-mais-equilibrio-na-relacao-entre-setor-privado-e-estado-para-retomar-angra-3-e-viabilizar-novas-usinas/ /celso-cunha-defende-mais-equilibrio-na-relacao-entre-setor-privado-e-estado-para-retomar-angra-3-e-viabilizar-novas-usinas/#comments Wed, 21 May 2025 08:00:12 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[entrevista]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253114 <![CDATA[A retomada da construção de Angra 3 e a viabilização de futuras usinas nucleares no Brasil am, necessariamente, por um novo modelo de equilíbrio entre o setor privado e o Estado. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha. Em conversa com jornalistas durante a feira […]]]> <![CDATA[

CelsoCunha-NT2E-2025A retomada da construção de Angra 3 e a viabilização de futuras usinas nucleares no Brasil am, necessariamente, por um novo modelo de equilíbrio entre o setor privado e o Estado. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha. Em conversa com jornalistas durante a feira NT2E 2025, o dirigente defendeu que é o momento para repensar a equação entre governo e entes privados no mercado nuclear. “Uma relação entre setor privado e Estado precisa ter equilíbrio, e hoje essa equação está desequilibrada. Há excesso de interferência do poder público em um espaço onde isso já devia ter acabado”, avaliou. Cunha também alertou que o atual ime em torno de Angra 3 é resultado direto da recente disputa do governo por mais cadeiras no Conselho de istração da Eletrobras. O presidente da ABDAN considera que Angra 3 continua viável do ponto de vista técnico e econômico — o que falta, de acordo com o dirigente, é clareza do governo sobre o modelo que pretende adotar para envolver o setor privado na conclusão da obra.

A saída da Eletrobras a partir do recente acordo com a União impacta a viabilidade de Angra 3? O projeto ainda tem tração?

IMG_2151 Yasmin DantasOlha, eu acho que tem, sim. Na minha opinião, está mais do que demonstrado, tanto pelo BNDES quanto pela EPE, que existe viabilidade técnica e financeira do projeto. Não dá mais para discutir se é viável ou se é caro — está mais que provado, em todos os sentidos, que é necessário terminar Angra 3. Inclusive, há declarações públicas da EPE, do BNDES e do próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que assinou seu voto favorável no CNPE, apesar de a reunião ter sido suspensa. Ou seja, o Ministério já se posicionou: essa obra precisa acabar.

O senhor acredita que a questão das cadeiras da União no Conselho da Eletrobras foi determinante para o ime?

Sim, na minha visão, esse foi o grande motivador de toda essa confusão em torno de Angra 3. A usina acabou ficando no meio de uma discussão política sobre a venda da Eletrobras — que, inclusive, foi uma promessa de campanha do presidente da República, de tentar reverter essa privatização. Retomar a estatal é difícil, mas ao menos ele conseguiu aumentar a participação do governo no Conselho de istração. E aí o setor nuclear no meio desse cenário conturbado, onde há também interesses bancários e econômicos por trás.

Mas está mais do que demonstrado que terminar Angra 3 é fundamental para o setor energético e para a matriz elétrica brasileira.

Como o senhor avalia o atual momento do setor elétrico brasileiro?

Obra de Angra 3 ainda aguarda definição por parte do governo

Obra de Angra 3 ainda aguarda definição por parte do governo

É importante lembrar que o apagão de 24 de agosto de 2023 custou R$ 2,4 bilhões ao país em apenas duas horas. A rede elétrica brasileira já não é a mesma de antes. Avançamos com solar, com eólica — e que fique claro: não somos contra, acho que tem que avançar mesmo. Mas desde 2017 alertamos que a taxa de crescimento da intermitência está monstruosa. Isso vai comprometer a estabilidade do sistema.

O setor privado tem apetite para participar de Angra 3?

Qualquer banco entra numa operação como essa. A grande discussão é: quem quer ser minoritário junto com o governo? Uma relação entre setor privado e Estado precisa ter equilíbrio, e hoje essa equação está desequilibrada. Há excesso de interferência do poder público em um espaço onde isso já devia ter acabado. O único segredo que realmente é de Estado é a produção do combustível nuclear.

Privatizar a Eletronuclear seria o caminho?

Acho que não. Não vejo a privatização como solução para isso. Acredito que devemos trazer o setor privado para dentro do processo. Nas futuras usinas, por exemplo, a operação pode continuar com a Eletronuclear, o que até facilita algumas coisas. Mas a construção e o restante deveriam ser privados.

E no caso de Angra 3, como o senhor vê essa transição?

BRF-5Angra 3 precisa ser uma transição para esse novo modelo, onde o setor privado tenha mais controle. Ou então o Estado assume de vez: toma conta das três usinas e para de tentar envolver a iniciativa privada especificamente em Angra 3. Outra possibilidade seria criar uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), onde Angra 3 fosse ada para o setor privado, separada de Angra 1 e 2. Mas isso precisa ser discutido com clareza — depende do que o governo quer.

E a questão das garantias financeiras?

Esse é o grande ponto. Alguém tem que ser o garantidor dessa operação. O dinheiro não será público — será captado no mercado. Mas precisa haver uma garantia. E aí entra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que até agora não quer dar essa sinalização. A garantia mexe com a balança, e sem essa sinalização, o negócio fica travado.

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AUTORIDADES E ESPECIALISTAS DEBATERAM SOBRE OS CAMINHOS PARA DESTRAVAR ANGRA 3 E OUTROS PROJETOS NUCLEARES 4v5mh /autoridades-e-especialistas-debateram-sobre-os-caminhos-para-destravar-angra-3-e-outros-projetos-nucleares/ /autoridades-e-especialistas-debateram-sobre-os-caminhos-para-destravar-angra-3-e-outros-projetos-nucleares/#respond Tue, 20 May 2025 19:00:43 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253082 <![CDATA[Apesar de muito promissor, o setor nuclear brasileiro ainda enfrenta enormes desafios que impedem sua plena expansão e desenvolvimento. Essa foi a constatação de autoridades políticas e especialistas de mercado que participaram, nesta terça-feira (20), do primeiro dia da feira NT2E 2025, realizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), no Rio de […]]]> <![CDATA[

DSC_nt2e-2025Apesar de muito promissor, o setor nuclear brasileiro ainda enfrenta enormes desafios que impedem sua plena expansão e desenvolvimento. Essa foi a constatação de autoridades políticas e especialistas de mercado que participaram, nesta terça-feira (20), do primeiro dia da feira NT2E 2025, realizada pela Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), no Rio de Janeiro. Para o presidente da Frente Parlamentar da Energia Nuclear, deputado federal Júlio Lopes (foto), o Brasil comete um “desastre istrativo” ao não retomar imediatamente a construção da usina nuclear Angra 3.

Não há nenhuma forma de energia cujo crescimento e adaptação sejam tão grandes quanto a energia nuclear. É exatamente aqui onde devemos estar“, afirmou o parlamentar. Lopes reforçou que o país vive um momento positivo na economia, mas que ainda negligencia o setor nuclear. “Tivemos um crescimento de 1,2% no trimestre, acumulamos a oitava queda seguida do dólar. Mesmo assim, continuamos sem cuidar da retomada de Angra 3, o que é um equívoco nacional e internacional“, declarou.

DSC_0061Ele também lamentou a ausência de definição por parte do governo para retomar a construção da planta. “Na última reunião do CNPE, o ministro da Casa Civil saiu sem concluir a reunião e não marcou nova data. Já temos mais de 63% da obra concluída, com dezenas de equipamentos comprados, armazenados em Angra, gerando um custo mensal de cerca de R$ 100 milhões“, criticou.

Lopes destacou que o Brasil já acumula R$ 2,4 bilhões em novos ivos apenas no atual governo por não reiniciar a obra. Ele comparou a situação com a de outros países: “Na Finlândia, uma usina gêmea da nossa foi concluída em três anos e já gera 4% da energia do país.”

Por fim, o deputado fez um apelo direto ao governo federal, lembrando que o presidente Lula tem agenda no Rio de Janeiro nesta tarde. “Temos divergências, mas apoiamos o governo. Rogamos que decidam pelo reinício dessa obra. Concluir Angra 3 e o Reator Multipropósito é uma questão estratégica para o Brasil, para a nossa soberania e para os milhares de jovens formados por nossas escolas de excelência em energia nuclear“, declarou.

DSC_0052Seguindo essa mesma linha, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi (foto à esquerda), também defendeu a conclusão de Angra 3. Segundo ele, o país precisa aproveitar ao máximo esse ativo com segurança e por meio de uma gestão operacional sólida. O diretor da AIEA foi além e destacou ainda a importância do desenvolvimento da cadeia nuclear no Brasil.

Que o Brasil construa uma cadeia de suprimento robusta para alcançar o objetivo de ampliar o número de reatores nucleares e a infraestrutura de apoio necessária. Isso também inclui a manutenção de instituições regulatórias fortes, que garantam segurança, proteção física e salvaguardas nucleares. A AIEA oferece seu firme apoio nesse aspecto“, afirmou Grossi em uma gravação exibida durante o evento.

O diretor da AIEA disse ainda que o Brasil precisa aproveitar plenamente o potencial das tecnologias avançadas, como os pequenos reatores modulares (SMRs). “Para concretizar esses três objetivos, é preciso vontade política. É preciso um setor nuclear robusto“, concluiu.

EM MEIO A GARGALOS, INDÚSTRIA NUCLEAR CELEBRA AVANÇOS

DSC_0041Enquanto o mercado nuclear discute formas de destravar Angra 3, há avanços consideráveis em outros empreendimentos do segmento. É o que afirma o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli (foto à direita). Ele recordou que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já disponibilizou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para o setor nuclear, com o qual está sendo financiado o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

Rondinelli anunciou ainda uma nova parceria que será crucial para a futura operação do RMB. “Acabamos de mais um contrato com a argentina INVAP para o projeto do laboratório de produção de radioisótopos, que é essencial para complementar o RMB. Ou seja, temos o reator sendo financiado, e agora também o laboratório que vai processar os radioisótopos para entregá-los às radiofarmácias. As duas instalações precisam operar de forma integrada“, contou.

O presidente da CNEN também disse que a entidade está dedicando esforços ao Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA). “Já tivemos reuniões no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Secretaria do Tesouro, e acredito que em poucos dias ou semanas teremos boas notícias sobre o equacionamento financeiro do projeto“, projetou.

O CENTENA é um centro de tecnologia nuclear ambiental, que vai abrigar o repositório definitivo de rejeitos de baixa e média atividade. Isso permitirá a transferência dos rejeitos gerados pelas usinas de Angra e por outras atividades nucleares no Brasil para um destino final apropriado, substituindo os depósitos intermediários da CNEN.

O PAPEL DA ENERGIA NUCLEAR

DSC_0026O diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, vice-almirante Celso Koga (foto à esquerda), frisou que o mundo atravessa um período de transformações profundas, em que a urgência da transição energética, as pressões ambientais e os avanços tecnológicos se entrelaçam, exigindo respostas integradas, maduras e estratégicas. Para ele, o Brasil, com sua matriz majoritariamente limpa e renovável, já ocupa uma posição de destaque nesse cenário.

No entanto, segundo Koga, esse protagonismo precisa ser reafirmado e ampliado, sobretudo diante dos novos desafios da nossa geração. Entre eles, destaca-se o crescimento acelerado da demanda energética global — um fenômeno impulsionado não apenas pelo desenvolvimento econômico, mas também por uma revolução silenciosa e contínua: a expansão da inteligência artificial, da automação e da infraestrutura digital.

Servidores, centros de dados e redes neurais consomem hoje volumes expressivos de energia, e as projeções indicam que esse consumo dobrará até o fim da década. A economia digital, em seu ritmo incessante, exige uma base energética robusta, previsível e sustentável. Nesse contexto, a energia nuclear revela seu valor com ainda mais nitidez“, avaliou.

Por fim, o almirante Koga destacou que a energia nuclear é uma fonte limpa, confiável, de alta densidade e capaz de operar de forma contínua, independente de fatores climáticos ou sazonais. “Ela não compete com as fontes renováveis — ao contrário, as complementa, oferecendo estabilidade e segurança ao sistema elétrico nacional. Ao integrar a matriz energética brasileira, a energia nuclear amplia nossa resiliência e nos coloca em melhores condições de enfrentar as exigências de um mundo cada vez mais digitalizado e descarbonizado“, finalizou.

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MINISTRO DO GSI DIZ QUE CONCLUIR ANGRA 3 É ESSENCIAL PARA O FUTURO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO 38411e /ministro-do-gsi-diz-que-concluir-angra-3-e-essencial-para-o-futuro-do-programa-nuclear-brasileiro/ /ministro-do-gsi-diz-que-concluir-angra-3-e-essencial-para-o-futuro-do-programa-nuclear-brasileiro/#comments Tue, 20 May 2025 17:00:50 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253062 <![CDATA[O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Antonio Amaro, avaliou que a conclusão de Angra 3 é um o fundamental para garantir o futuro do Programa Nuclear Brasileiro. A fala aconteceu durante a participação do ministro na cerimônia de abertura da feira NT2E 2025, na manhã desta terça-feira (20), no Rio de […]]]> <![CDATA[

nt2e-2025O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Antonio Amaro, avaliou que a conclusão de Angra 3 é um o fundamental para garantir o futuro do Programa Nuclear Brasileiro. A fala aconteceu durante a participação do ministro na cerimônia de abertura da feira NT2E 2025, na manhã desta terça-feira (20), no Rio de Janeiro. Em seu entendimento pessoal, a finalização da usina puxará toda a indústria nuclear — mineração, produção de combustível nuclear, geração de energia, entre outros segmentos.

Entendemos que esse projeto é essencial para o desenvolvimento contínuo do programa nuclear brasileiro, dada sua repercussão em todas as vertentes do setor“, disse. No entanto, ele assumiu que essa visão pessoal sobre Angra 3 não corresponde, necessariamente, ao entendimento geral do governo como um todo sobre o tema.

Falo [sobre a importância de concluir Angra 3] em nome da coordenação do desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, por meio do CDPNB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro), que envolve vários ministérios. Não é exatamente a voz do governo, mas sim de um comitê que debate o desenvolvimento do setor“, detalhou. Ainda assim, o ministro garantiu que “o governo também tem conduzido, com a responsabilidade que o tema requer, a discussão sobre a conclusão da usina.

Amaro afirmou que, atualmente, a grande questão decisiva para retomar as obras de Angra 3 é a definição da tarifa que será paga pelos consumidores pela energia gerada. “Essa tarifa precisa ser competitiva em comparação com outras fontes, como a eólica e a solar. É um ponto essencial para viabilizar o financiamento da usina. O debate é muito econômico, mas há outros aspectos relevantes, como o papel da energia nuclear como fonte limpa e o efeito positivo que a usina tem sobre todo o setor“, avaliou.

O ministro destacou que o Brasil conta com uma das maiores reservas mundiais de urânio, com apenas um terço do território nacional prospectado. Ele sugeriu que, para o avanço do setor no país, é fundamental incentivar parcerias entre empresas públicas, privadas e instituições nacionais e internacionais. Amaro também avalia que os principais desafios para a expansão da energia nuclear no Brasil envolvem a complexidade dos projetos e os elevados requisitos de segurança.

O GSI exerce papel relevante na atuação governamental dentro do setor nuclear, coordenando ações de segurança por meio do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro e promovendo o fomento do setor por meio do CDPNB. O ministro destacou duas iniciativas recentes do CDPNB. A primeira é a revisão do plano estratégico de comunicação social do setor nuclear, recentemente divulgada, com o objetivo de fortalecer a percepção positiva da sociedade sobre a tecnologia nuclear. A segunda foi a aprovação da proposta de reestruturação do Comitê, com a criação do Subcomitê Executivo como instância intermediária para aprimorar a governança do setor.

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GOVERNO TRABALHA EM NOVO MODELO REGULATÓRIO PARA O SETOR NUCLEAR E QUER ESTIMULAR EXPORTAÇÃO DE URÂNIO 1c6r50 /governo-trabalha-em-novo-modelo-regulatorio-para-o-setor-nuclear-e-quer-estimular-exportacao-de-uranio/ /governo-trabalha-em-novo-modelo-regulatorio-para-o-setor-nuclear-e-quer-estimular-exportacao-de-uranio/#respond Tue, 20 May 2025 16:00:53 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=253033 <![CDATA[A secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério da Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, afirmou hoje durante a abertura da feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro, que o governo trabalha para um novo modelo regulatório para o setor nuclear, com maior participação do setor privado para incentivar novos investimentos. Além disso, […]]]> <![CDATA[

imagem_lado_a_lado (2)A secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério da Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, afirmou hoje durante a abertura da feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro, que o governo trabalha para um novo modelo regulatório para o setor nuclear, com maior participação do setor privado para incentivar novos investimentos. Além disso, o ministério também estuda medidas para estimular a exportação do urânio brasileiro, de olho na demanda global crescente desse minério.

A Lei nº 14.514, de 2022, foi um avanço importante, mas precisa ser efetivamente implementada. Por isso, estamos preparando um novo modelo regulatório para o setor nuclear, com foco em segurança jurídica, agilidade, responsabilidade, sustentabilidade e maior participação do setor privado – o que ampliará investimentos e trará dinamismo“, declarou a secretária.

Ela lembrou que apesar de o Brasil ter a sexta maior reserva de urânio do mundo, menos de um terço do território foi efetivamente mapeado. Ana Paula também afirmou que a demanda global por energia vai crescer exponencialmente, impulsionada especialmente pelo uso de novas tecnologias intensivas em energia, como a inteligência artificial.

DSC_0037Queremos acelerar parcerias em pesquisa e beneficiamento. Também visamos abrir caminho para a exportação do urânio brasileiro, em um mercado global cada vez mais atrativo“, declarou. “Apesar do evidente potencial brasileiro, a produção de urânio ainda é limitada. Hoje, precisamos importar 100% do combustível utilizado nas nossas usinas. A diretriz do ministro de Minas e Energia é mudar esse cenário, tornando o Brasil autossuficiente e capaz de contribuir com os projetos de segurança energética e descarbonização“, acrescentou Ana Paula.

Ainda de acordo com a secretária do MME, a pasta está empenhada em preencher as lacunas de conhecimento geológico sobre o território nacional. O Plano Decenal de Mapeamento Geológico – cuja proposta está em consulta pública – é uma das ferramentas que permitirá avançar de forma transparente e com previsibilidade. “Nele, propomos que o urânio, assim como outros minerais críticos, seja tratado como prioridade, dada sua relevância estratégica“, ponderou.

DSC_0060Ana Paula frisou que o Ministério de Minas e Energia buscou apoio do Ministério da Gestão e da Inovação no âmbito do Programa de Governança e Modernização das Empresas Estatais. Dentro do escopo do programa “Inova Estatais”, foi firmado um acordo de cooperação técnica envolvendo estatais do setor nuclear  – Nuclep, INB e Eletronuclear, além da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O objetivo é melhorar o desenvolvimento operacional dessas empresas, garantindo maior eficiência, alinhamento estratégico e contribuição efetiva ao desenvolvimento nacional sustentável e à segurança energética.

Por fim, a secretária destacou que o setor nuclear é também vetor de desenvolvimento regional. Ela citou o projeto de mineração de urânio em Santa Quitéria, no Ceará, que prevê a criação de quase 6 mil empregos diretos e indiretos, além de investimentos bilionários.

A maior produção de urânio no Brasil representará mais receita, mais empregos, mais renda, mais serviços e bens públicos – ou seja, mais desenvolvimento para as regiões onde essa riqueza está presente. Estamos confiantes. Com o novo marco regulatório, investimento em conhecimento geológico e diálogo com a sociedade e o mundo, o Brasil está pronto para se tornar um protagonista global no setor de energia nuclear“, concluiu.

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PRESIDENTE DA ABDAN AFIRMA QUE ENERGIA NUCLEAR SERÁ O CORAÇÃO DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E COBRA UNIÃO PARA DESTRAVAR PROJETOS 696q3j /presidente-da-abdan-afirma-que-energia-nuclear-sera-o-coracao-da-transicao-energetica-e-cobra-uniao-para-destravar-projetos/ /presidente-da-abdan-afirma-que-energia-nuclear-sera-o-coracao-da-transicao-energetica-e-cobra-uniao-para-destravar-projetos/#comments Tue, 20 May 2025 15:00:24 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[NT2E 2025]]> /?p=252962 <![CDATA[Em um discurso marcado por tom firme e visão estratégica de futuro, o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha (foto), abriu oficialmente a programação da feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro. O dirigente defendeu o papel central da energia nuclear na transição energética global e no fortalecimento da […]]]> <![CDATA[

celso-cunha-nt2e2025Em um discurso marcado por tom firme e visão estratégica de futuro, o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha (foto), abriu oficialmente a programação da feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro. O dirigente defendeu o papel central da energia nuclear na transição energética global e no fortalecimento da infraestrutura nacional. “ Hoje temos um desafio maior: mostrar que o nuclear não é ado — é o coração pulsante da transição energética. É a espinha dorsal para a expansão dos datacenters no Brasil, que exigem fornecimento estável, constante e limpa de energia. É o e confiável para as redes de inteligência artificial que serão o novo motor da economia global“, declarou.

Para Cunha, há avanços importantes em projetos como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE, o protótipo em terra da propulsão do submarino nuclear brasileiro). Contudo, a preocupação maior ainda está no retrocesso sobre a definição de Angra 3, já que o governo ainda não bateu o martelo sobre a decisão de retomar as obras da usina. O presidente da ABDAN destacou a necessidade de união do setor, criticou entraves institucionais e exaltou o potencial do Brasil como protagonista em tecnologia nuclear.

Leia abaixo o discurso na íntegra:

Obra de Angra 3 ainda aguarda definição por parte do governo

Obra de Angra 3 ainda aguarda definição por parte do governo

Hoje não abrimos apenas mais um evento. Abrimos uma janela para o futuro. Um futuro onde a palavra diversidade não é obstáculo, mas energia bruta de transformação. Vivemos tempos em que sustentabilidade, inteligência artificial, datacenters, resiliência energética e neutralidade de carbono são palavras que definem políticas globais, investimentos bilionários e os rumos da humanidade.

E aqui estamos nós: o setor nuclear, muitas vezes ignorado, mas agora mais relevante do que nunca. O mundo reafirma a importância do nuclear na transição energética como fonte de energia limpa, segura e confiável. É o nuclear. É o que move Angra 1 e 2, é o que impulsiona a pesquisa brasileira, é o que fundamenta a soberania com os projetos da Marinha do submarino a propulsão nuclear.

Projeção sobre o futuro RMB

Projeção sobre o futuro RMB

Também não podemos deixar de citar que alguns projetos estão avançando, por exemplo: o projeto do LABGENE, o RMB, o projeto de fortalecimento dos institutos de pesquisa, e os projetos que visam o uso dos pequenos reatores modulares e dos micro reatores nucleares, entre outros.

É óbvio que nem tudo são flores. O projeto de Angra 3 voltou muitas casas para trás, a implantação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) ainda aguarda a sabatina no Senado, o aumento da produção do combustível nuclear e da mineração de urânio ainda espera pela sua chance, mesmo tendo o Brasil, a 6ª maior reserva de urânio do mundo e ainda, o fornecimento de radioisótopos para o diagnóstico e tratamento do câncer que não conseguimos manter abastecido a necessidade dos brasileiros.

Submarino de propulsão nuclear brasileiro

Submarino de propulsão nuclear brasileiro

Assim, eu me pergunto: como devemos reagir? Como devemos agir perante a tudo aquilo que ainda não deu certo? Qual deve ser o fundamento das nossas ações para que o setor nuclear continue a prosperar? É preciso estar junto. Unir as forças. Hoje temos um desafio maior: mostrar que o nuclear não é ado — é o coração pulsante da transição energética. É a espinha dorsal para a expansão dos datacenters no Brasil, que exigem fornecimento estável, constante e limpa de energia. É o e confiável para as redes de inteligência artificial que serão o novo motor da economia global.

É hora de mostrar que o nuclear é tecnologia de ponta, é inovação, é autonomia, é Brasil protagonista.

A NT2E 2025 é prova disso. Ultraamos todos os recordes: cerca de 3.000 participantes, mais de 150 palestrantes, mais de 15 países representados, 30 painéis de altíssimo nível, vários minicursos e eventos satélites, e 147 instituições parceiras. Aqui, estamos conectando indústria, governo, academia, startups e mercado internacional. Estamos construindo a base tecnológica para o novo ciclo de crescimento do Brasil — um ciclo onde o nuclear é central.

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