CAMORIM CELEBRA 30 ANOS AMPLIANDO FROTA E QUADRO DE FUNCIONÁRIOS, DE OLHO EM NOVOS NEGÓCIOS NO SETOR DE ÓLEO E GÁS 404e3j

Foto: Diapason Produções

Ao completar três décadas de atuação, a Camorim Navegação chega a 2025 em ritmo de expansão e com um novo posicionamento estratégico. A empresa celebra os 30 anos com marcos importantes em sua operação, como o patamar inédito de 150 embarcações em atividade e a ampliação do quadro de funcionários, que ultraou 1.300 colaboradores. É o que revela o recém eleito vice-presidente da Camorim, Eduardo Adami, nosso entrevistado desta terça-feira (27). O crescimento acompanha uma fase de investimentos no setor de óleo e gás, com destaque para a de quatro novos contratos com a Petrobras e a incorporação de embarcações vindas do exterior. “Nossa visão é aproveitar da melhor forma possível a onda positiva do mercado de óleo e gás“, frisou o executivo. A Camorim também trabalha na construção de cinco novos rebocadores no estaleiro Detroit, em Santa Catarina, voltados à infraestrutura portuária. Olhando para o futuro, a companhia está reposicionada como um hub 360 em soluções marítimas. “Temos uma cultura muito forte de cuidado com o ambiente interno, e isso é algo que não queremos perder. Só chegamos até aqui por causa dessa cultura sólida e de um time igualmente forte. Tudo só foi possível graças ao esforço do que chamamos de ‘família Camorim’“, concluiu.

Para começar, poderia compartilhar conosco quais são os sentimentos da diretoria e dos funcionários ao celebrar esses 30 anos de existência?

Os 30 anos representam um marco importantíssimo. São muitos anos de vitórias, lutas, batalhas que a gente enfrentou — e ainda enfrenta — nesse mercado altamente competitivo e de alta complexidade. É um marco importante que chega depois de uma grande crise enfrentada pelo setor como um todo, especialmente o de óleo e gás. Como você sabe, o mercado sofreu bastante naquele hiato de 2015 até o pré-pandemia. Muita empresa ou por dificuldades nesse período e nós, como parte do setor, também sofremos. Mas conseguimos nos recuperar e voltar a investir já há algum tempo. 

Então, agora em 2025, ao completarmos 30 anos, não estamos mais em um tempo de recuperação. Estamos em um período de crescimento. Estamos fazendo diversos investimentos no setor de óleo e gás, especialmente com foco em trazer embarcações do exterior para operar em contratos de longo prazo — principalmente com a Petrobras e outras petroleiras. Mas também seguimos investindo em outros segmentos fortes, como o de infraestrutura portuária. Estamos, por exemplo, construindo novos rebocadores voltados principalmente para atracação e desatracação de navios em portos.

Como vocês chegam a esse marco de 30 anos? Gostaria de ouvir um breve relato histórico das principais conquistas e feitos operacionais da companhia nos últimos anos.

Atingimos pela primeira vez a marca de 150 embarcações em operação, o que é um marco importante para nós. Isso aconteceu agora, em 2025, nos 30 anos da empresa. Como você sabe, temos uma frota bastante diversa. E também alcançamos pela primeira vez a marca de 1.300 colaboradores. Esses são dois grandes marcos que estão sendo celebrados pela companhia. 

Olhando especificamente para o mercado de óleo e gás, ganhamos quatro novos contratos com a Petrobras para operar embarcações que antes não eram operados por nossa empresa. Isso é um marco para nós, pois saímos da concentração nos LHs — os Line Handlers, dos quais temos 17 unidades — e ampliamos nossa atuação. Já operávamos com PSVs e AHTS, mas agora estamos trazendo quatro novas embarcações do exterior para atender a esses novos contratos. Isso é um avanço importante que coincide com os 30 anos da empresa.

Olhando para o futuro, quais são os próximos planos e projetos da empresa?

Olhando para o segmento de infraestrutura portuária, estamos finalizando um projeto relevante de construção de cinco novas embarcações que estão sendo construídas aqui no Brasil, no estaleiro Detroit. Temos a pretensão de finalizar esse projeto e olhar para o futuro com bons olhos para novos projetos de mais embarcações para atender esse segmento, mas ainda sem poder expor nenhuma estratégia de forma mais detalhada.

E em relação ao setor offshore?

Para o segmento do mercado offshore, temos a visão de aproveitar o bom momento que está se vivendo no mercado de óleo e gás no Brasil, que é um mercado muito demandante de embarcações. E nós somos uma das únicas empresas que ainda têm tonelagem para trazer embarcação do exterior. Isso acaba sendo uma vantagem competitiva em relação aos nossos concorrentes, que, em muitos casos, não têm essa quantidade de tonelagem disponível. Nossa visão é aproveitar da melhor forma possível essa onda positiva do mercado de óleo e gás.

A nossa indústria está ando por um período de mudanças por conta da transição energética. Como vocês pretendem se posicionar nesse momento de transformação da indústria?

Temos várias iniciativas de redução de carbono. Uma delas diz respeito aos novos barcos que estamos construindo. Eles já têm uma pegada mais sustentável, são mais tecnológicos, e acabam tendo um consumo reduzido. Além disso, realizamos um movimento bem interessante recentemente. Assinamos, durante a Intermodal, um projeto de utilização de energia de terra para os rebocadores que operam no Rio de Janeiro, junto ao ICTSI. Isso permite que, quando não estamos operando, os rebocadores sejam alimentados por energia de terra, consumindo muito menos diesel. 

Por fim, qual a mensagem final da Camorim para os funcionários e para o mercado nesse momento de celebração e projeção de novas metas para o futuro?

Ao celebrar esses 30 anos de história, fizemos um rebranding que nos apresenta de cara nova, com uma marca repaginada, mas sem perder a essência de sempre. Temos uma cultura muito forte de cuidado com o ambiente interno, e isso é algo que não queremos perder. Só chegamos até aqui por causa dessa cultura sólida e de um time igualmente forte. Tudo só foi possível graças ao esforço do que chamamos de “família Camorim”.

De forma geral, é um momento de agradecer a todos que fizeram parte dessa trajetória. Agradecer a quem construiu e nos ajudou a chegar até aqui — foram muitos anos de desafios, conquistas e aprendizados. No fim das contas, é isso: uma nova marca, mas sempre valorizando quem tornou essa história possível.

Esse novo posicionamento da Camorim está muito conectado à nossa comunicação como um hub 360. O mercado nos conhecia muito pelo nosso trabalho na área portuária, mas agora estamos reforçando a atuação como uma solução completa — um verdadeiro hub 360 —, o que está totalmente alinhado com essa nova fase da marca.