A GREVE DOS FUNCIONÁRIOS DA ELETRONUCLEAR ENTRA NO 8º DIA SEM DIÁLOGO E SEM PERSPECTIVAS DE TERMINAR 556x1f

A greve na Eletronuclear entra no oitavo dia, sem qualquer possibilidade de ser encerrada por entendimentos entre os grevistas e a direção istrativa da companhia, liderada por Sidnei Bispo, que já construiu uma imagem junto aos membros de ser “um péssimo diretor que não conhece a empresa”. E, por isso, não tem qualquer ascendência para negociar o fim da greve. Bispo é criticado entre os funcionários em greve e que fazem piquetes na porta da usina, onde ganhou o apelido de “Ari Toledo”. Para os sindicalistas, “ houve um recrudescimento na negociação por parte da empresa está gerando um prejuízo de pelo menos R$50 milhões/dia.”  Esse número é dito pelos grevistas com base em  cálculos na multa de atraso nos contratos com a Westinghouse, relacionados à compromissos de extensão de vida útil avaliaria. O número ainda pôde ser confirmado, mas seria de  US$ 7 milhões/dia e de multa por atraso da parada.

Efetivamente a empresa só confirma que a não permissão de entrada dos especialistas contratados para fazer os trabalhos necessários para troca de combustível e de modernização da Usina Angra 1, causa problemas. Em relação à Angra 2, os grevistas dizem que a usina está enfrentando um problema sério junto ao gerador elétrico que demanda a cada três dias, um especialista dê um ajuste no sistema ou troque as resinas de purificação de cobre que o gerador está produzindo acima do normal. A empresa diz que tudo está sob controle. Os sindicalistas que controlam a entrada de funcionários na porta de entrada, disseram que “O movimento deixou que o técnico entrasse como prova de boa fé, já que não existe possibilidade de negociação em relação à abono de dias parados vedada pela alta gestão. Entretanto houve um condicionante nesta proposta de que, se não houvesse contrapartidas, o movimento paredista não iria deixar nenhum trabalhador que aderiu à greve entrar. “

Diante do ime, os sindicalistas dizem que tanto o Bispo (foto à direita) quanto o diretor financeiro Alexandre  Caporal teriam emitido a decisão de desligar a usina. Esta informação, no entanto,  a Eletronuclear nega. O que mais pode gerar um impacto na geração de Angra 1 é justamente a janela que a Westinghouse terá para executar as tarefas discriminadas. Foi informado que ela terá que começar a desmobilizar seu pessoal e não realizar as tarefas até 4ª feira da semana que vem e os supervisores já começaram a fazer a lista de demissão dia contratados relacionados a esses serviços. Diante disso, Caporal teria sugerido aos gestores darem férias coletivas por seis meses que seria o tempo da Westinghouse desmobilizar e voltar à Angra 1 para concluir as tarefas. A justificativa das férias coletivas seria porque Angra 1 estaria desligada, apesar de que serviços essenciais para manter a unidade desligada estão tendo continuidade. A Eletronuclear negou e considera que está havendo um exagero por parte dos grevistas.