A FIRJAN CONSTATA QUE OS INTERESSES ECONÔMICOS CHINESES JÁ ESTÃO ESPALHADOS POR TODO PAÍS. O RIO É O 4º DESSE RANKING 3r7031
O governo federal forçou e agora está diante do fato de que o seu principal parceiro comercial do Brasil é a China. Se isso é bom ou ruim, o tempo dirá. A constatação é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que entende ser essencial observar os dados que possam ajudar a compreender melhor e a tirar todo o potencial dessa relação a favor do empresário e do industrial fluminense. Para tanto, o Conselho Empresarial de Relações Internacionais da federação convidou Tulio Cariello, diretor de Conteúdo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), para fazer um balanço na sede da Firjan e apresentar um panorama das relações bilaterais com o país asiático nas áreas de comércio, investimento e política e os reflexos nas indústrias do Rio de Janeiro. Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan, disse que “Nós temos uma situação muito especial nessa relação por sermos superavitários na nossa balança com os chineses. E a evolução desses investidores, a evolução do perfil da nossa balança, e dos investimentos chineses no Brasil, não só em setores tradicionais de investimento dos chineses, como o setor energético, tanto elétrico quanto de petróleo e gás, que nos impacta diretamente, nos interessa particularmente aqui no Rio.”
Cariello mostrou como o fluxo de investimento está crescendo ao longo dos anos no Brasil, tanto nas importações como nas exportações. Ele apresentou o crescimento acentuado das exportações do Brasil para a China, com o recorde de US$ 104 bilhões em 2023. O maior valor de comércio com um único país. De um modo geral, a China é destino de um terço de tudo o que o Brasil exporta: “O Brasil exporta basicamente produtos primários enviados para o país asiático, como soja, petróleo e minério de ferro. No Rio de Janeiro, especificamente, o petróleo é o principal produto exportado“, explicou. E disse ainda que o Rio é o 4º estado do país em investimentos chineses. Ao detalhar geograficamente para onde vão os investimentos no Brasil, o especialista ressaltou que a China conseguiu, em pouco mais de 10 anos, investir em praticamente todo o Brasil, em todas as regiões. Novamente, se isto é bom ou ruim, só o tempo dirá.
O interesse chinês no Brasil é crescente. O país, que recebeu mais de US$ 70 bilhões nos últimos anos, está em 4º lugar entre os principais destinos de investimento chinês no mundo.”A posição do país no contexto global em investimentos chineses mostra como o Brasil é um país estratégico para a China nessa área de investimento. Na América do Sul, o Brasil é o grande centro de gravidade, com quase metade (48%) de tudo que foi investido pela China nos últimos anos”, disse Cariello.
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