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GÁS ARGENTINO DE VACA MUERTA DEVE CHEGAR VIA GASBOL AO MERCADO DE SÃO PAULO 48y43

vacaAs empresas que operam em Vaca Muerta, na Argentina, TotalEnergies, Gas Cono Sur, Teetrol e Pluspetrol, estão avançando na comercialização de gás para o mercado brasileiro e já garantiram pelo menos nove  contratos para mais de 10,5 milhões de metros cúbicos por dia. Há outras cinco ordens pendentes. Os embarques devem chegar por meio de diversos gasodutos, mas a rota Argentina-Bolívia e de lá para o Brasil, é a mais provável. Esse gás vai substituir as importações  da Bolívia que tem as suas  reservas em tendência de queda. A Ryder Scott Company  quantificou e certificou reservas de hidrocarbonetos na Bolívia em dezembro de 2022 registrando  um volume de 4,04 TCF de reservas comprovadas de gás natural. Em Comprovado + Provável, esse número aumenta para 4,61 TCF e na categoria mais ampla Comprovado + Provável+ Possível, ele atinge 5,15 TCF. O estudo incluiu a avaliação de 63 campos produtores de hidrocarbonetos. Em dezembro de 2023,  Na categoria Comprovada,argen registrou 4,48 TCF de reservas de gás natural, enquanto na categoria Comprovada + Provável esse número aumenta para 4,85 TCF e na categoria Comprovada + Provável+ Possível, atinge 5,24 TCF.

As autoridades do setor de hidrocarbonetos bolivianas indicam que as medições anteriores carecem de transparência, no entanto, especialistas no assunto também indicam o mesmo, já que os números apresentados pelo presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Armin Dorgathen, estão com quase um ano de atraso e a certificação de 2024 já yfmdeveria estar disponível em março deste ano. O governo, por meio do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia, está trabalhando em um plano estratégico para otimizar as áreas reservadas aos Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), com o objetivo de promover maior agilidade na execução de projetos de hidrocarbonetos, de acordo com um boletim do ministério.

O gás de Vaca Muerta precisa de novos mercados, pelo menos até que projetos para exportá-lo como Gás Natural Liquefeito (GNL) se concretizem. É o que muitos produtores de gás da Bacia de Neuquén estão fazendo, tendo já assinado acordos de exportação com clientes no Brasil.  O governo autorizou quatro exportações para o Brasil, todas usando as redes da Bolívia para chegar a região de São Paulo. As novas autorizações abrangem a subsidiária local da TotalEnergies, a Total Austral, que assinou um contrato com a empresa brasileira MGAS Comercializadora para fornecer até 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural extraído de áreas de Vaca Muerta, como San Roque, Aguada Pichanaga Este e Rincón de la Ceniza. As brasileiras MTX Comercializadora, Edge Comercialização, MGas Comercializadora e Gas Bridge foram as companhias responsáveis pelos negócios realizados até agora.

A Enarsa, estatal argentina, atrasou a instalação de um medidor bidirecional no Gasoducto de Integración Juana Azurduy (Gija)  e ainda está se adequando operacionalmente e do ponto de vista tarifário. Os valores a serem cobrados pelo transporte pela companhia, na exportação, ainda precisam ser homologados, mas a expectativa é vai estar em orno de US$ 9  o milhão de BTU. Um especialista consultado pelo Petronotícias, disse que “Se chegar no Gasbol a esse preço, acho barato. Mas tem de saber se esse preço é na entrada na Bolívia ou em SP.  Não temos extensas reservas de gás e onde ele temos ele tem um custo alto de chegar em terra e ser injetado nos gasodutos de transporte.  No caso, estamos em busca de suprimento firme, visto que a Bolívia não consegue mais repor os volumes depletados e ficamos a mercê do GNL importado para completar as necessidades do nosso mercado.”

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