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CONSELHEIRO DA PETROBRÁS É PRESO EM MANIFESTAÇÃO NA REFINARIA LANDULPHO ALVES 3d4813

Deyvid Bacelar PresoA greve de funcionários da Petrobrás, puxada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), foi reforçada no último final de semana com a adesão da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ao movimento. Na madrugada da última segunda-feira (2) para esta terça-feira (3), grevistas faziam um ato na Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e a Polícia Militar do estado foi chamada para conter a manifestação. Na confusão, o representante dos funcionários da Petrobrás no Conselho de istração da companhia, Deyvid Bacelar (foto), o diretor do Sindipetro da Bahia Agnaldo Soares e um fotógrafo que o acompanhava foram presos. Os três foram liberados pela PM na manhã desta terça, segundo o sindicato.

Em nota, o Sindipetro-BA disse que “de forma articulada e programada os policiais provocaram uma cena e forjaram um desacato para levar preso o Conselheiro e coordenador do Sindicato Deyvid Bacelar, o Diretor da CUT-Ba Agnaldo Cosme e Wandaick Costa fotógrafo que acompanha a greve e tem registrado as práticas antissindicais da companhia”.

“Nós do Sindipetro não entendemos muito bem como é a relação da Petrobrás com parte da Polícia Militar do estado da Bahia. Ontem estivemos na Rlam para fazer algumas imagens da manifestação e vimos uma reunião da gerência da refinaria com a PM. Quando já havíamos retornado para a nossa base, uma viatura da Polícia Militar veio até nós acelerando, quase atropelando alguns companheiros, e um policial abordou diretamente nosso fotógrafo pedindo que fossem apagados os registros feitos. Baseado na liberdade de imprensa, o pedido foi negado, o que acabou virando uma voz de prisão por desacato. Fui até o policial para argumentar, afirmando que o fotógrafo já está nessa função com o sindicato há mais de seis anos e também recebi voz de prisão pelo mesmo motivo. Fui algemado, agredido e levado para a delegacia dentro da viatura. Estou com alguns hematomas e pretendo ainda hoje fazer o exame de corpo de delito. Tínhamos muitos trabalhadores próprios e terceirizados aqui até o momento dessa confusão. Acredito que o gerente-geral da Rlam, Ney Argolo, conseguiu o que queria, diminuindo a participação de muitas pessoas no nosso terceiro dia de greve. Uma greve que busca valorizar o papel da Petrobrás na geração de emprego e renda no país” declarou Deyvid Bacelar, pouco após ser liberado.

No documento, o sindicato ainda diz que o fotógrafo havia registrado uma tentativa do conselheiro de ar a refinaria, sendo impedido pela segurança patrimonial da Petrobrás. Deyvid teria então pedido auxílio da polícia para viabilizar seu o, também negado pelos policiais. “Diante desta situação os polícias orquestraram a prisão com o intuito de sumir com a prova de mais uma prática antissindical da Petrobrás”, destacava a nota do Sindipetro-BA.

A adesão da FUP à greve fez o número de sindicatos no movimento saltar de cinco para 12, atingindo as principais unidades da companhia. Somente na Bacia de Campos, responsável por 80% da produção de petróleo e gás natural do Brasil, 42 plataformas aderiram à greve, de acordo com o Sindipetro do Norte Fluminense. Destas, 25 estão completamente paradas, oito estão com poços restringidos (com reduções na produção que variam de 20% a 97%) e nove foram adas para as equipes de contingência da Petrobrás.

A pauta grevista tem como principal foco o plano de vendas de ativos iniciado pela Petrobrás, visto como uma prática privatizadora dentro da companhia. Em outubro, a estatal anunciou a venda de 49% da subsidiária Gaspetro, responsável pela distribuição de gás natural, para a japonesa Mitsui, e a Petrobrás ainda procura sócios interessados na BR Distribuidora.

O papel da Petrobrás de “indutora do desenvolvimento nacional” é colocada em risco com a venda desses ativos, sob a ótica dos grevistas. Eles citam um estudo elaborado pelo Ministério da Fazenda que aponta que, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no Brasil, o efeito sobre o Produto Interno Bruto é de R$ 2,5 bilhões. “Se o Plano de Negócios da empresa não for alterado, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019”, dizia a nota emitida pela FUP.

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Ary Bastos
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Esse é o verdadeiro NAPALM AMIGO. Defender a Petrobras e manter a Organização Criminosa na gestão da empresa. Alguém pode explicar ??