DEPOIS DA VAIA À LULA PREFEITOS REUNIDOS EM BRASÍLIA APRENDEM UMA NOVA TÉCNICA PARA ASFALTAR ESTRADAS VICINAIS 6u1p44
Depois de uma vaia contundente ao presidente Lula, na abertura da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o evento recebeu, em meio às discussões sobre infraestrutura e desenvolvimento regional, o evento recebeu um representante da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), que apresentou uma solução técnica inovadora voltada à melhoria da malha viária rural: o modelo padronizado de Pavimentação de Baixo Custo. A iniciativa tem como objetivo oferecer aos municípios uma alternativa viável, eficiente e de menor custo para a pavimentação de estradas vicinais, especialmente, em regiões onde os recursos são escassos e as necessidades são urgentes: “Criamos um projeto padrão de pavimentação de baixo custo para estradas vicinais, com o objetivo de reduzir a frequência e os custos de manutenção, utilizando soluções mais duráveis como o revestimento primário com impermeabilização simples“, explicou Rafael Silveira, coordenador-geral de Execução, Fiscalização e Prestação de Contas de Obras.
O modelo proposto pelo MIDR utiliza uma composição técnica baseada em Revestimento Primário, Impermeabilização e Tratamento Superficial Simples (TSS), permitindo a pavimentação com tecnologia simplificada, de fácil replicação e adaptada à realidade local. O vice-prefeito de Candelária (RS), Cristino Becker, tem 2.500 km de estradas vicinais em seu município e vê o tema como fundamental para a economia e a mobilidade da população. “A manutenção das estradas vicinais é tão essencial quanto saúde e educação em municípios como o nosso, onde metade da população vive no interior. Essas vias garantem o direito de ir e vir, mas, mais do que isso, são fundamentais para o escoamento da produção e a dignidade do agricultor.“
De acordo com a equipe técnica da SDR, a proposta alia eficiência operacional e racionalização de custos, apresentando uma série de vantagens em comparação aos métodos tradicionais. Entre os principais benefícios estão:
- Redução significativa de custos, com economia tanto na fase de execução quanto na manutenção;
- Execução com mão de obra local, o que estimula a geração de emprego nas comunidades e facilita a adoção em municípios de pequeno porte;
- Menor complexidade técnica, favorecendo a celeridade dos projetos e a simplificação dos processos licitatórios;
- Impermeabilização das vias, que reduz a emissão de poeira, melhora as condições de tráfego e contribui diretamente para a saúde da população.
Além dos ganhos operacionais, a pavimentação de baixo custo representa um avanço importante em termos de sustentabilidade. A substituição gradual do uso do cascalho de cava — prática comum e recorrente em manutenções — por soluções mais duráveis contribui para a preservação ambiental e para o uso racional dos recursos naturais. A proposta foi destaque e despertou o interesse de prefeitos e técnicos municipais de diversas regiões do país. “Essa é uma solução pensada para a realidade dos municípios brasileiros. Ela oferece agilidade, eficiência e, principalmente, qualidade de vida para quem mais precisa: a população que vive no campo“, afirmou um representante da SDR.
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